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22 de dezembro de 2024

Varejo na era da Inteligência Artificial: seriam os robôs nossos melhores amigos?

<p><img src="images/artigos/2018/Carmela_Borst_infor.jpg" border="0" width="65" height="86" style="float: left; margin: 5px;" /></p>
<p>Os robôs chegaram e estão se tornando cada vez mais autoconscientes. E embora exista uma grande aceitação de que a inteligência artificial está entre nós, ainda estamos descobrindo como podemos utilizá-la no supply chain, omnichannel e nas lojas físicas. Enquanto isso, uma coisa é certa: à medida que dependemos cada vez mais de máquinas para nos ajudar na interação entre empresas e clientes, a inteligência artificial só será tão boa quando puder produzir por si só os mesmos dados que somente os humanos podem fornecer.</p>
<p>A grande questão em jogo é: por onde começar? Talvez a maneira mais simples seja imaginar o resultado que você deseja obter. No setor de varejo, isso começa com o cliente.</p>
<p><strong>Clientes já chegaram lá</strong></p>
<p>Entre o mundo dos chatbots e os assistentes ativados por comandos de voz, os consumidores já começaram a adotar pequenas interações com máquinas. Claro que ainda é artificial, e dificilmente conta com alguma inteligência. Seja por consultas básicas num chatbot, comandos sobre disponibilidade de itens ou até mesmo uma solicitação para que a Alexa compre um pacote de arroz, isso é feito facilmente nas plataformas de hoje. No entanto, ainda não se sabe como responde a perguntas difíceis, como por exemplo: o que usar em uma reunião de negócios ou como melhorar um projeto em sua casa?</p>
<p>A próxima fase da inteligência artificial tem tudo a ver com contexto e intenção: “o quê” e o “porquê” está por trás da experiência de compra de cada cliente.  Com isso, o próximo passo para estes assistentes virtuais é levar em consideração a análise de tendências, combinar com as preferências pessoais e dar melhores conselhos sobre o que comprar e aonde.</p>
<p><strong style="font-size: 12.16px;">A saída para os varejistas não está na criação de suas próprias plataformas</strong></p>
<p>Esse é o grande truque: a maioria dos varejistas não será dono das plataformas dominantes de AI num futuro próximo. Google, Amazon, eBay e Apple já possuem uma sólida vantagem nisso, sem mencionar que todas as startups e fornecedores emergentes trabalham duro em suas próprias soluções. Com isso em mente, os varejistas provavelmente não devem comprometer o orçamento para criar suas próprias plataformas, até porque esse dinheiro pode ser melhor gasto garantindo que os robôs possam encontrá-los.</p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Relatórios recentes afirmam que o próximo bilhão de usuários de internet usará voz e vídeo no lugar do bom e velho teclado. Estamos indo além do navegador e agora é a hora do mercado alinhar os dados dos produtos para pesquisa por vídeo e voz.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Além disso, as pessoas esperam que esses assistentes virtuais, provenientes de AI, digam como devem se vestir para um casamento ou a melhor maneira de tirar uma mancha de sua camisa favorita; elas tiram uma foto e pedem ao assistente para recriar um look com os itens exatos ou similares que caibam dentro do orçamento.</span></p>
<p>Conforme os assistentes digitais baseados em AI se tornarem mais sofisticados, eles poderão usar o aprendizado da máquina para extrair mais dados de produtos e fornecer melhores resultados em resposta a essas novas expectativas do cliente.</p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Mas, como você se prepara para essa nova realidade? Comece agora limpando os dados dos seus produtos, certifique-se de que cada um deles tenha descrições precisas e exclusivas (metadados) para diferenciá-lo não apenas em texto, mas também em pesquisas de voz e vídeo.</span></p>
<p>O próximo passo é garantir que os esforços dos periféricos – por exemplo, blogs e anúncios on-line – estejam alinhados com a mensagem que você deseja enviar e vincular novamente à imagem mais forte para o consumidor.</p>
<p>O fato é que, a inteligência artificial e a mudança no uso da internet pelo consumidor só aceleram o ritmo de mudança do varejo. No entanto, os varejistas não precisam necessariamente construir seus próprios bots para sobreviver. Comece pensando o quem é seu consumidor, organize os dados e assegure-se de que a tecnologia apropriada esteja presente – BI, sistemas de merchandising e até software de PDV – para mostrar as máquinas que sua empresa é relevante neste novo mundo conectado.</p>
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<p><em>(*) Diretora Sênior de Marketing para América Latina.</em></p>
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