Encerramento da ferramenta escancara riscos e acende alerta para migração antecipada e uso de soluções já adaptadas à realidade brasileira do trabalho híbrido e distribuído
Em maio de 2024, a Meta anunciou o encerramento do Workplace, sua plataforma de comunicação interna voltada ao ambiente corporativo. A ferramenta será tirada do ar oficialmente em 2026, porém todas as funcionalidades já param de operar a partir de 31 de agosto deste ano. O anúncio do fim do recurso, que era utilizado por mais de 7 milhões de usuários mensalmente ao redor do mundo, acendeu um sinal de alerta em milhares de empresas ao redor do mundo. Isso porque, a plataforma já havia se consolidado como uma dos meios sólidos de conectar times, especialmente em empresas com operações descentralizadas, como redes de varejo, logística, indústria e serviços.
A partir deste cenário, empresas ao redor do mundo, inclusive no Brasil, já buscam alternativas que supram a lacuna deixada pelo Workplace. É o caso da Humand, plataforma global que centraliza a comunicação e cultura organizacional. Presente em mais de 40 países e utilizada por mais de 1.000 empresas e 1 milhão de colaboradores no mundo todo, a marca tem se posicionado como uma solução para organizações que buscam integrar comunicação, cultura e gestão de pessoas em um único ambiente, 100% mobile.
“Estamos diante de um momento decisivo para o mercado”, destaca Leandro Oliveira, diretor que vem sendo responsável pela expansão da companhia no Brasil. “O movimento da Meta abriu a chance para que as empresas reavaliem a estrutura de sua comunicação interna, assegurando, inclusive, uma evolução desse processo”, detalha.
Segundo Oliveira, além do desafio operacional de descontinuar uma plataforma central no dia a dia dos funcionários, o fim do Workplace escancara uma fragilidade concreta: a dependência de sistemas que não foram concebidos para a realidade do trabalho distribuído, que se torna cada vez mais comum. “As companhias precisarão buscar novas alternativas para manter a comunicação interna alinhada em todos os níveis operacionais e modelos de trabalho, além de garantir uma cultura organizacional fortalecida”, explica ele.
Esse cenário já tem se mostrado uma realidade: segundo uma pesquisa da Gallup, 74% dos funcionários em empresas com modelos distribuídos relatam sentir-se desconectados da cultura corporativa. Consolidando esse sentimento, uma pesquisa da McKinsey aponta que a produtividade pode aumentar até 25% em empresas com boa comunicação interna.
Por isso, o diretor da Humand destaca ainda que é fundamental avaliar ainda o risco atrelado a setores com grande volume de colaboradores fora do escritório, como no chão de fábrica, centros de distribuição ou lojas, que podem tornar a perda de uma ferramenta que centraliza comunicação, cultura e processos um risco direto à produtividade.
“Temos estruturado um programa de migração completo e automático dos dados do Workplace para a plataforma da Humand, eliminando complexidades operacionais e garantindo a continuidade dos processos internos das empresas”, reforça o executivo. De acordo com ele, a companhia também tem investido em mais recursos que possam oferecer uma comunidade digital privada para comunicação, onboarding, treinamentos, gestão de RH e engajamento. “Tudo isso pensado para funcionar de forma intuitiva, na palma da mão de todo o time”, diz Oliveira.
No entanto, segundo o gestor, essa é apenas a primeira etapa, já que ainda é possível evoluir da comunicação corporativa para uma solução mais holística de experiência do colaborador. Assim, a comunicação se torna a principal ferramenta de engajamento, o que gera economia e simplifica a gestão de plataformas pelas empresas.
Para isso, a Humand tem fortalecido a equipe no Brasil também. “Contamos com mais de 20 profissionais com passagens por gigantes da tecnologia como a própria Meta, Amazon, LinkedIn e Microsoft. E a expectativa é de que, até o final do ano, o time seja montado por 50 colaboradores que irão atender exclusivamente o Brasil, com foco nas particularidades nacionais e também atuando em casos de sucesso no país que serão referência para várias empresas no mundo”, conclui o diretor.