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São Paulo
24 de julho de 2025

Temos um gigante despertando no Brasil. Quem abrir os olhos, sairá na frente.

<p><span style="font-size: 12.16px;"><img src="images/artigos/2019/Max_Jaramillo.jpg" border="0" width="65" height="76" style="float: left; margin: 5px;" />Max Jaramillo*</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Fortemente impulsionado pelo boom de equipamentos móveis, como tablets e smartphones, e pela proliferação dos mais variados aplicativos, o mercado de AV passa a fazer parte de um universo comercial e tecnológico muito maior: o mercado de TI.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">O grande aumento e uso intensivo de soluções sem fio, aliado à conexão de Internet móvel, tem contribuído para o crescimento do mercado de Automação Residencial. Nos EUA, referência nesse segmento, a participação de casas inteligentes (monitoradas por aplicativos) chega a mais de 20% do total de residências – em um cenário que abrange mais de 120 milhões de casas.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Outros nichos também estão sendo “descobertos” pelas empresas do setor: além dos projetos que integram as funções já conhecidas como iluminação, áudio &amp; vídeo, climatização e outros, existem mercados com necessidades específicas que podem ser atendidas pelas mesmas tecnologias, embora com diferentes abordagens e direcionamentos. Destacamos, entre outras: controle e medição de consumo de energia elétrica e de água, soluções para terceira idade, para espaços coletivos de co-living e co-working, soluções integradas para imóveis de locação temporária e hotelaria, utilização de automação para empreendimentos sustentáveis e diversas outras.<br /><br /></span>Gerando um total de 176 bilhões em receitas pelo mundo, apenas no ano de 2016, o mercado de AV tem demonstrado um grande potencial de crescimento e geração de lucro. A previsão é que até 2022 as receitas aumentem 4,7% ao ano, segundo relatório da IOTA 2018, publicado pela AVIXA – the Audiovisual and Integrated Experience Association.</p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Leia a reflexão do diretor executivo da Aureside, José Roberto Muratori: “Mesmo tendo acesso às mesmas tecnologias de ponta utilizadas nos países mais desenvolvidos, o Brasil não chega a atingir 1% das residências no mercado de Automação Residencial. Essa realidade se dá por conta não somente dos altos preços dos produtos, mas também porque o consumidor brasileiro ainda não se ateve à necessidade do uso intensivo da tecnologia na sua casa para atender requisitos básicos de segurança, economia e conforto. Também tem a questão referente à falta de um maior número de profissionais e empresas dedicados com exclusividade a esta atividade e ainda um distanciamento de um público considerado fundamental, que são os construtores, arquitetos e designers. Estes são agentes influenciadores e podem incluir o uso da automação nos projetos de novas edificações”. </span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Ainda assim, o cenário é otimista e especialistas apostam neste mercado tanto no Brasil quando no mundo, principalmente ao considerar a projeção para o crescimento de Automação Residencial – segundo a Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial) – é de 11,5% ao ano, no mundo.</span></p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Mesmo com a crise que assolou o país em 2016, fazendo o dólar disparar, o mercado de AV não chegou a ser atingido de maneira significativa. O setor encerrou o ano praticamente estável. Isso foi possível por conta do grande potencial do mercado brasileiro, onde as pessoas, mesmo em pequena escala, estão se atendo cada vez mais à praticidade tecnológica como aliada na busca de uma melhor qualidade de vida. Não será surpresa alguma quando, em um futuro próximo, a maioria dos lares forem controlados por algum tipo de automação residencal.</span></p>
<p><em>(*) Diretor da Latin Press, responsável por promover junto com a AVIXA, um evento referência no mercado, a Infocomm Brasil.</em></p>