Poucos acreditavam nisso há algum tempo e há poucas semanas a gente assistiu à surpreendente fusão entre os duas maiores lojas eletrônicas, o Americanas.com e o Submarino, numa transação que envolveu R$ 7 bilhões. Isto só foi possível porque os mais recentes números apontavam um forte crescimento do comércio eletrônico no Brasil. E por que isso acontece?<br />
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Simplesmente porque o consumidor já depositou há muito tempo a sua confiança no sistema. O mesmo acontece com o internet banking, onde havia 26,3 milhões de clientes em 2005 realizando seus pagamentos e transações bancárias via web sem qualquer receio. O mesmo deverá acontecer com o mobile banking nos próximos anos. As primeiras experiências no Brasil já estão aí para mostrar que o caminho já está sendo seguido. O Banco do Brasil, em parceria com as operadoras móveis Vivo, Oi, Brasil Telecom e Claro já possui o seu modelo.<br />
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O celular passará para um estágio elevado de comunicação. Deixará da fase dos torpedos para troca de mensagens de texto para torpedos de pagamentos. A tecnologia está avançada, as operadoras móveis e os bancos possuem infra-estrutura adequada. Só falta os lojistas apostarem suas fichas neste projeto. Os consumidores vêm logo a seguir. Sem medo.<br />
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Para se ter uma idéia do que acontece em outro países, na Coréia do Sul, o e-commerce já permite que os consumidores façam seu pagamentos via celular e muitos dos dispositivos móveis já estão integrados com os internet banking para pagamentos em bares, mercearias e vending machines. No Japão, os assinantes possuem também fazem pagamentos via tecnologia contacless (sem contato) onde eles aproximam seu telefone celular do terminal POS para comprar passagens de metrô, por exemplo. <br />
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Na metade deste ano, a operadora MTN, da África do Sul, realizou um upgrade do serviço MobileBanking para aumentar a segurança deste serviço e acompanhar o aumento do tráfego de dados entre a rede da operadora e seus bancos participantes do serviço MobileBanking, incluindo a chegada de um novo parceiro no projeto, o MTN Banking, uma joint venture entre a MTN e o Standard Bank.<br />
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São movimentações importantes que apontam o quanto os bancos estão trabalhando para melhorar seus serviços de móbile banking. <br />
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Mesmo que no Brasil o sistema ainda se restringe a recarga de créditos de celular, transferências bancárias e pagamentos de pequeno valor, o cenário é animador. As operadoras móveis já estão investindo na sua infra-estrutura para poder garantir o melhor serviço ao seu cliente. Mesmo os telefones mais simples, os chamados de enter-level (de entrada) poderão realizações tais transações. Os novos modelos de aparelhos lançados nos últimos anos são prova que a tecnologia está mais em conta e acessível aos usuários que pouco se utilizam da grande infinidade de serviços móveis hoje disponíveis.<br />
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Se a segurança é um dos itens que os consumidores levam em conta na hora de efetuar seus pagamentos e isso já não é mais problema no comercio eletrônico tradicional - quem diria que a gente poderia chamá-lo assim há pouco tempo? – algum tempo?! -, as notícias são altamente animadoras. Os principais fabricantes de softwares de segurança para computador de mesa ou notebooks já possuem produtos para telefone celulares. Com isso, a ameaça de ataques – mesmo que ela sempre existirá – será combatida pelas aplicações eficientes de antivírus, antispyware e outras ameaças.<br />
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Existem perto de 90 milhões de telefones celulares em funcionamento no Brasil, contra 32 milhões de computadores pessoais. Se a satisfação e confiança do usuário repetir o feito do comercio eletrônico, esperamos que nos próximos anos o mobile banking venha ultrapassar o internet banking no número de usuários e no número de transações realizadas.