*Por Roberto Carlos Mayer
Se o título causou estranhamento,
saiba que a primeira palavra do
título é uma ‘inovação’: acabei de
inventá-la para escrever este
artigo! E neste momento, uma busca
por ela no Google não retorna
qualquer resultado. Esta ‘quase’
palavra resulta da combinação de
‘ineficiência’, ‘Finep’ e ‘inépcia’.
Quer saber mais? Continue lendo.
Desde o final do governo FHC,
iniciou-se um processo de criação de
leis que permitissem incentivar as
empresas a desenvolver produtos e
serviços inovadores. Esse processo
teve continuidade no governo Lula,
com a aprovação da ‘Lei do Bem’, da
‘Lei da Inovação’ e, finalmente, com
a instituição de um programa de
subvenção econômica à inovação nas
empresas, por parte do governo
federal.
O órgão encarregado de gerenciar
este processo foi a Finep –
Financiadora de Estudos e Projetos,
que realizou a primeira chamada de
projetos empresariais no final de
2006. Talvez pelo descohecimento do
processo pelas empresas, nem essa
chamada, nem a de 2007 acabaram
usando todos os recursos
disponíveis. Outra crítica feita na
época foi o pouco tempo (apenas 30
dias) concedido para a apresentação
dos projetos, prazo este estendido
posteriormente para três meses.
O valor mínimo dos projetos também
foi sendo diminuído gradualmente,
tornando o processo mais acessível
às pequenas e médias empresas.
Por isso é absolutamente necessário
que esta situação seja corrigida
urgentemente: esperamos que a
ineficácia da gestão do governo
federal, no aspecto aqui descrito,
caminhe para a eficácia, e não para
a inépcia. Somente desta forma as
empresas brasileiras poderão
participar em pé de igualdade com a
cruel competição global.
Roberto Carlos Mayer é diretor da
MBI (http://www.mbi.com.br), vice-
presidente de Relações Públicas da
Assespro Nacional e presidente da
ALETI (Federação das Entidades de TI
da América Latina, Caribe, Portugal
e Espanha).