<p>Ao longo dos últimos anos diversos modelos, abordagens e frameworks foram desenvolvidos para auxiliar os líderes de desenvolvimento e gerentes de projetos. A melhor solução passa pela avaliação das características técnicas do sistema, seu estágio de maturidade e de uma avaliação risco x retorno entre velocidade de se implantar algo e eventuais riscos ocasionados por problemas de qualidade da solução. Atualmente, como uma alternativa a aplicação da metodologia em cascata, as metodologias iterativas mais utilizadas são o RUP e suas variantes, que dão ênfase ao processo e controle do projeto por meio de entregáveis mais completos e consistentes.</p>
<p>São muito utilizadas em fábricas de softwares e estão de mãos dadas com o CMMI e PMI. Por outro lado, as metodologias ágeis, como Scrum e XP, procuram refinar as metodologias interativas, retirando o foco dos processos e dando maior ênfase à contribuição das pessoas envolvidas no projeto, trazendo a área de negócio mais próxima à TI e gerando entregas de valor mais rapidamente. Diante desta variedade de opções e de suas diferentes aplicações e benefícios, não é trivial determinar a metodologia adequada à cada companhia, por isso, elencamos alguns pontos que devem ser observados durante esta escolha:</p>
<p>1) Estabilidade dos requisitos: situações na qual o escopo do projeto está definido e os requisitos mapeados são estáveis e os futuros previsíveis, as metodologias tradicionais e orientadas ao planejamento são vantajosas. Por outro lado, quando os requisitos são passíveis de muitas alterações no decorrer do projeto, as equipes são pequenas e as entregas podem ser menores, o desenvolvimento rápido é fundamental, sendo necessária a aplicação de métodos mais ágeis.</p>
<p>2) Cultura da empresa: independentemente da metodologia a ser aplicada, os papeis, responsabilidades e processos precisam ser definidos e executados para que o sucesso seja obtido. No entanto, quando falamos de métodos ágeis a presença de pessoas dedicadas e engajadas ao projeto se faz ainda mais necessário.</p>
<p>3) Estrutura organizacional de TI: a maturidade organizacional é um importante indicador de qual modelo de desenvolvimento de sistemas deve ser adotado. Processos ágeis requerem maior maturidade da companhia em termos de controles, processos, recursos, prazos e, principalmente, flexibilidade.</p>
<p>Entendendo esses aspectos e considerando que o melhor para uma empresa é ter processos de gestão de TI adequados à sua realidade e necessidades, ou seja, processos sistematizados, alinhados à sua cultura e objetivos estratégicos, percebemos que muitas vezes a adaptação de uma das metodologias ou, até mesmo, a associação das melhores práticas dos dois métodos podem ser a melhor alternativa.</p>
<p>E isso pode variar por soluções, segmentando por tipo de tecnologia, importância estratégica da velocidade de adaptação, características dos usuários/consumidores, disponibilidade de desenvolvedores, entre outras.</p>
<p>(*) IT Project Manager na Cosin Consulting</p>
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