<p>Foram estudadas cerca de 300 empresas de todo o mundo; 80% delas afirmaram planejar a digitalização de suas operações e implantar novas tecnologias, o que levará a perda dos empregos ganhos a partir do final da crise financeira de 2008.</p>
<p>De modo geral, a criação de empregos está diminuindo e a destruição de empregos está aumentando, à medida que empresas em todo o mundo trocam pessoas por tecnologia em seus escritórios e fábricas.</p>
<p>Contrariando essa tendência, há uma boa notícia: talvez sejam criados cerca de 97 milhões de empregos, especialmente nas áreas de serviços pessoais, tecnologia da informação, desenvolvimento de produtos e criação de conteúdo, disse o WEF.</p>
<p>A notícia é boa, mas provavelmente poucos dos 85 milhões de desempregados conseguirão alguns desses 97 milhões de novos empregos, que exigirão conhecimentos e habilidades mais sofisticados do que os possuídos pelos que serão substituídos pelos robôs.</p>
<p>As tarefas em que os humanos deverão predominar são as de caráter verdadeiramente intelectual, como gestão, assessoria e comunicação, a despeito do avanço de tecnologias como inteligência artificial.</p>
<p>Quanto aos trabalhadores que provavelmente permanecerão em seus empregos nos próximos cinco anos, quase metade precisará aprender novas habilidades.</p>
<p>De forma global, 43% das empresas pesquisadas acreditam que poderão diminuir o número de trabalhadores, contra 34% que dizem que irão aumentar esse número. Já 41% pretendem aumentar o uso de terceirizados.</p>
<p>Tudo isso tende a aumentar as desigualdades, gerando problemas que a sociedade como um todo deve se preparar para enfrentar em breve.</p>
<p><em>(*) Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.</em></p>