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São Paulo
24 de fevereiro de 2025

Compliance preserva diversidade em ambientes organizacionais

<p>São programas que visam implementar novas normas, controles e processos de governança corporativa para identificar, prevenir e acabar com possíveis situações discriminatórias, que incluem tratamentos desfavoráveis ou incoerentes devido à cor, raça, etnia, gênero, orientação sexual, visão política, classe social, deficiência física, entre outras diversas razões incabíveis.</p>
<p>Sendo assim, esse tipo de metodologia também tem como efeito minimizar e erradicar danos emocionais e financeiros a quem sofre injustiças dentro do ambiente organizacional, seja diretamente, a exemplo dos salários desiguais para profissionais de mesma função com sexos diferentes; ou indiretamente, como em casos em que uma norma, critério ou prática (que deveria ser neutra) coloca alguns indivíduos em situações de desvantagem em comparação aos outros.</p>
<p>Tendo em mente que o compliance tem relação com a conduta da empresa e sua adequação às normas dos órgãos de regulamentação, vale observar que a mudança dessas diretrizes deve considerar também esse viés, entendendo que, de nada adianta uma organização adotar um discurso antirracismo ou politicamente a favor da diversidade, se na rotina do local existem atos discriminatórios contra os próprios colaboradores, clientes, parceiros ou qualquer outro tipo de relacionamento da empresa.</p>
<p>E, para mudar, é preciso incluir algumas boas práticas que incluem Canal de Denúncias, que recebe e encaminha notificações de denúncias sobre qualquer tipo de má conduta (assédio moral, sexual, racismo, entre outras); Código de Conduta Ética, que nada mais é do que um documento que conterá as normas e os princípios da empresa para que todos os colaboradores o sigam, incluindo tópicos que pregam a não tolerância à discriminação; e, por último, a checagem de terceiros – ou background check -, que é capaz de prever uma má conduta por parte de um colaborador ou outro tipo de relacionamento da empresa por meio da verificação de seus dados e relacionamentos públicos com outras companhias.</p>
<p>E, assim como a tecnologia pode ajudar a disseminar políticas externas e posicionamentos de diversidade e antirracismo nas redes sociais e comunicados oficiais, tão comumente adotados por empresas na atualidade, podem ser usadas para outros fins. Entre eles, podemos mencionar soluções tecnológicas como o big Data e mineração de dados, para buscar informações valiosas em um curto espaço de tempo etc. Dessa forma, equipes de compliance, RH e gestão de riscos conseguem realizar mais checagens e tomar as suas decisões de forma mais assertiva.</p>
<p>Afinal, mais do que remediar e tentar controlar a avalanche de críticas que vierem junto a um possível vazamento de práticas discriminatórias, corrupção, fraudes e processos trabalhistas envolvendo tanto colaboradores, quanto outros relacionamentos das empresas (fornecedores, investidores, transportadoras, entre outros), é preciso investir em métodos de checagem, investigação e em soluções que otimizem este tipo de processo. A prevenção e as boas práticas são sempre a melhor escolha!</p>
<p><em>(*) CEO da upLexis.</em><br /><br /><br /></p>