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Segundo o estudo Regus Business Tracker, este otimismo, que se estende a todos os continentes, é compartilhado igualmente por Estados Unidos, Austrália, China e Holanda.<br />
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Das respostas concedidas por 11.000 pessoas que trabalham em empresas de 15 países se constata que África do Sul e Índia esperam o novo ano com uma atitude ainda mais positiva. E uma proporção de empresas ainda maior de ambos os países (80%) espera aumentar seus lucros em 2010. As empresas de França e Bélgica seguem expressando certo pessimismo e angústia: só a metade delas pensa positivamente e crê que aumentarão suas receitas.<br />
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No Brasil, as empresas estão otimistas com a retomada da economia, principalmente a partir do segundo semestre de 2009. Muitos empresários têm revisto as previsões de faturamento para 2010 e, segundo grande parte dos entrevistados, entre os maiores desafios do ano estão gerenciar os custos sem comprometimento da qualidade, administrar a concorrência doméstica por competidores locais e manter a taxa de retorno do capital investido. <br />
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As expectativas são boas para muitas empresas, já que elas preveem uma recuperação para o segundo ou terceiro trimestre, e um aumento generalizado de seus ganhos. De fato, são boas perspectivas. Mas ninguém pode garanti-las. <br />
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Os comentaristas acreditam que para aproveitar a recuperação, as empresas precisam aprender em seus momentos mais baixos de 2008 e 2009 e, consequentemente, mudar suas estratégias e seu modo de agir. Aliás, elas devem fazer isso antes que comece a recuperação, e não se manter em espera. <br />
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Portanto, o que deveria ser incluído em sua lista de resoluções para 2010? Podemos listar:<br />
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1. Pense pequeno. Empresas de todos os tamanhos poderiam aprender com o exemplo das pequenas empresas. O estudo Regus Business Tracker mostrou que as empresas com menos de 50 funcionários esperam 2010 com mais otimismo que as empresas de maior tamanho, o que leva a crer que serão as primeiras a liderar a recuperação econômica. Também se notou que as pequenas empresas são mais empreendedoras e se voltam mais ao exterior, dedicando quase toda sua energia à comercialização e ao cuidado de sua carteira de clientes, enquanto que as grandes empresas se debatem com problemas internos como a gestão de custos e de pessoal.<br />
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2. Dê uma olhada no resto do mundo. Se observarem o exterior, as empresas não devem deixar que fronteiras internacionais se interponham diante delas; China, Índia e outras economias emergentes têm um enorme potencial de crescimento. Com telecomunicações cada vez mais avançadas e econômicas, fazer negócios no estrangeiro pode servir de base para um futuro crescimento.<br />
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Mas leve em conta que fazer um estudo de novos mercados e encontrar sócios internacionais adequados é fundamental. Se alguma destas duas premissas falhar, os custos podem descontrolar-se. <br />
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3. Trabalhe de forma mais inteligente. As empresas do mundo todo estão analisando atentamente o custo de seu pessoal, porém muitas delas se esquecem de analisar outros custos fixos. Para a maioria das empresas, as despesas imobiliárias são a segunda maior fonte de gastos gerais fixos. Mas, 95% delas não as levam em conta como fonte importante de potencial economia. Ao invés de embarcar em custosos contratos de aluguel e a longo prazo, deveriam procurar contratos mais flexíveis, como aluguéis de curto e médio prazo ou escritórios virtuais. O trabalho flexível pode contribuir até 60% na redução dos custos imobiliários de uma empresa além de ajudar a aumentar a motivação do pessoal. <br />
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4. Pense no meio-ambiente Aproveite a oportunidade de dispor de tecnologias energeticamente mais eficientes. Os sistemas de economia de energia como monitores de consumo e ar condicionado por áreas e uma correta iluminação podem contribuir para cortar consideravelmente as contas de consumo. Existem organizações que podem assessorar sobre tecnologias e ajuda para a economia de energia. Aliás, o trabalho virtual e flexível ajuda a reduzir os custos de deslocamento de uma empresa e diminuir a emissão de carbono de seus funcionários.<br />
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5.Olhe ao seu redor. Com recuperação ou sem ela, alguns setores têm prosperado, inclusive durante a recessão. O setor de telecomunicações, por exemplo, mantêm sua fortaleza no mundo todo: muitos países em desenvolvimento estão instalando tecnologias de telefonia móvel. A tecnologia sustentável também funciona bem, graças aos elevados investimentos que se tem realizado no setor. <br />
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Empresas de todos os portes deveriam procurar a maneira de aproveitar as oportunidades que oferecem os setores mais prósperos e não se ver presas em práticas de gestão rotineiras que as impeçam de vislumbrar outras possibilidades. <br />
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6. Terceirize. As empresas deveriam centrar-se nas atividades que geram receita e terceirizar o restante. Serviços imobiliários, administrativos e de assistência podem ser realizados por outras pessoas, deixando que as empresas se concentrem no que sabem fazer melhor. <br />
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7. Trabalhe em rede. Goste ou não, o trabalho em rede é imprescindível para encontrar novos clientes e contatos e, além disso, recolher informação e obter assessoria. É uma das formas mais simples de gerar negócios.<br />
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Entre janeiro e fevereiro, muitas pessoas já terão traçado seu plano de resoluções para 2010: ginástica, dieta e corte de carboidratos. Para que os dois terços das empresas que preveem um aumento de seus lucros durante o ano vejam suas expectativas se transformarem em realidade, talvez seja necessário que levem mais a sério alguns de seus propósitos para este ano.<br />
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(*) Diretor Geral da Regus
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