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27 de setembro de 2025

Como a economia analítica pode unir consumidores e varejistas

<p><img src="images/artigos/2018/adriana_silva_SAS.jpg" border="0" width="65" height="77" style="float: left; margin: 5px;" /></p>
<p>Adriana Silva (*) <br /><br /><span style="font-size: 12.16px;">Imagine o que aconteceria se fosse possível entrar na mente de um cliente para conhecer em detalhes seus gostos, comportamentos e seus critérios de decisão. E com essas informações, apresentar produtos e ofertas que atendam às suas necessidades e se adequem aos seus respectivos estilos de vida.</span></p>
<p>Para isso, não é necessário fazer uso da telepatia. Temos esse conhecimento praticamente diante de nossos olhos sob a forma de dados armazenados em pontos de venda, lojas online, programas de fidelidade, sistemas de geolocalização, redes sociais, contact centers, terminais para cartões de crédito e sensores.</p>
<p>Para muitas empresas, os dados gerados hoje valem ouro. No setor varejista, os conhecimentos derivados do que se chama de jornada do cliente são inestimáveis. E eles se tornam ainda mais relevantes conforme o comportamento e as preferências dos consumidores vão se modificando.</p>
<p>Em 2018, espera-se que as tendências de consumo tenham um impacto relevante sobre as empresas, impulsionadas pela tecnologia móvel, Internet das coisas (IoT), análise de dados, pelo acesso contínuo à internet e à Inteligência Artificial, entre outras.</p>
<p><span style="font-size: 12.16px;">Um estudo recente da Euromonitor International mostra que os consumidores estão apresentando maior ou menor comprometimento com as marcas, adotando hábitos mais saudáveis, compartilhando serviços e produtos e expressando suas opiniões. Já se observa neles uma tendência de busca por opções de trabalho mais flexíveis, para que possam dedicar mais tempo às suas famílias e a atividades que lhes deem mais prazer.</span></p>
<p>Por esse motivo, os varejistas estão reformulando seus negócios para se adaptar a essa nova realidade ao reunir, consolidar, analisar e extrair insights positivos de cada dado resultante da interação com seus clientes.</p>
<p>A economia analítica se baseia nessa ideia: obtenha valor dos dados, sendo inovador e rentável ao mesmo tempo. Ela também se caracteriza pelo compartilhamento de informações nas próprias empresas entre os seus colaboradores e o uso de soluções analíticas para responder às dúvidas no ambiente corporativo e melhorar todos os aspectos da operação.</p>
<p>De posse desse conhecimento, é possível desenvolver produtos e serviços de acordo com o perfil de cada cliente, bem como criar as campanhas e os meios mais adequados e que estimulem a compra.</p>
<p>Muito em breve, a economia digital vai oferecer às empresas mais oportunidades de conexão com seus clientes, além do desenvolvimento de novas experiências.</p>
<p>O MIT Center for Information Systems Research chama esse novo cenário de Monetização de Dados, definindo-o como o ato de trocar informações por unidades monetárias ou algo percebido como um valor equivalente. Em outras palavras, esse conceito permite a geração de fluxos que garantam a rentabilidade dos varejistas com base na compreensão e no conhecimento dos consumidores.</p>
<p>Do ponto de vista estratégico e operacional, os dados já são um componente fundamental para tomar decisões, interagir e reter consumidores e implementar soluções digitais, essenciais para a estratégia digital do varejo e de outros setores.</p>
<p>Muitas vezes, costuma-se dizer que os dados são o novo petróleo. Certamente, eles são o combustível que está impulsionando a economia analítica e levando as empresas baseadas em dados a uma nova maneira de se fazer negócios.</p>
<p><em>(*) Head de Analytics do SAS Brasil</em></p>