<p>São muitos os rumores sobre as próximas tendências em TI. Estamos vendo uma mudança em direção ao ponto em que a TI se torna uma “utility”. Ela está igualmente acessível a empresas de grande a pequeno porte, TI como serviço, na nuvem ou de consumo, com companhias como Apple e Facebook liderando essa ruptura da tecnologia. Acredito que o período atual será o que mais vai ter rupturas do que qualquer outro período anterior, por conta de impulsionadores macroeconômicos.</p>
<p>Em tudo isso, há uma oportunidade significativa para empresas agarrarem essas tendências e se tornarem fortes competidoras. Coloco aqui alguns “insights” práticos que traduzem essa realidade para negócios.</p>
<p>1. Modelos na nuvem e baseados em consumo<br />Muitas empresas estão indo em direção a modelos baseados em consumo nas diferentes áreas de TIC. O interesse nesse modelo é impulsionado principalmente por questões financeiras, já que o orçamento na área deve continuar a sofrer pressão em 2015.</p>
<p>O modelo possui um grande potencial para que as empresas encontrem novas abordagens de mercado e gerem novos fluxos de receita. Por exemplo, um fabricante de software para sistemas de laboratórios de pesquisa conseguiu criar um novo mercado para seus produtos ao disponibilizá-los como Software as a Service (SaaS) na nuvem. Laboratórios de pesquisa menores também puderam acessar os produtos, já que o fabricante trabalha com base no pagamento por usuário.</p>
<p>Essa mudança será o grande equalizador em muitas indústrias. Nas últimas décadas, apenas grandes empresas puderam pagar por hardwares e softwares mais sofisticados. Hoje, todo negócio tem acesso aos mesmos sistemas. A tecnologia não é um diferencial, mas sim o que cada empresa faz com ela.</p>
<p>2. Mundo conectado<br />Este conceito está se tornando cada vez mais relevante. No futuro, a junção de informações com sensores em dispositivos será estendida para um nível além do que imaginamos ser possível hoje – em carros, bens de consumo, agricultura, sistemas médicos, etc. O volume de dados que cada sensor vai produzir pode ser transformado em informações inteligentes que ajudam na tomada de decisões em tempo real.</p>
<p>Varejistas, por exemplo, já estão entrando no mundo conectado, usando dados coletados por sensores para saber sobre o comportamento dos consumidores. Com esses dados, é possível apontar onde e quando os clientes gastam seu tempo e dinheiro, e assim, planejar estratégias mercadológicas mais assertivas.</p>
<p>3. Redes da próxima geração<br />Ao mesmo tempo em que houve grandes avanços na automação e virtualização de Data Centers, as operações de rede estão mais complexas, e as habilidades necessárias para configurá-la são escassas e caras. Mas acredito que as Redes Definidas por Software (SDN) serão um divisor de águas nessa questão.</p>
<p>A SDN entrega níveis altos de abstração e permite que dados e painéis de controle da rede possam ser dissociados. No futuro, é possível que uma grande porcentagem de serviços de rede seja invocada por software. O escopo do que é possível fazer com a rede vai expandir exponencialmente, e ela será mais ágil e vai suportar melhor os avanços de outras tecnologias.</p>
<p>4. Da mobilidade para computação centrada no usuário<br />As tendências se estendem para um modelo no qual os indivíduos serão capazes de usar qualquer dispositivo para acessar aplicações e dados, de qualquer lugar, e ser produtivo.</p>
<p>Uma empresa de aviação, por exemplo, reinventou totalmente seu processo de check-in usando dispositivos móveis. Os funcionários não ficam mais atrás do balcão, mas passeando para ajudar os passageiros a fazer o check-in pelo tablet, que também recebe todas as atualizações de horários via tecnologia sem fio. O impacto na satisfação do consumidor foi tremendo.</p>
<p>(*) Presidente da Dimension Data no Brasil.</p>
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