O que agora o TCU contesta é a absoluta falta de possibilidade de recurso às avaliações mal feitas (e são muitas). Basta ver que a Finep, antes de qualquer recurso, já divulgou as empresas ganhadoras usando o total da verba prevista, ou seja, de que adianta recorrer se não há mais dinheiro? Ou eles pensam que poderiam destituir alguma empresa ganhadora para colocar outra que tenha recorrido?<br /><br />O correto seria, no mínimo, antes de divulgar os ganhadores, enviar uma carta aos não aprovados dando-lhes tempo para os recursos. Somente após todas as reanálises, aí sim, divulgar os ganhadores. <p>É uma pena que um tema tão caro aos empresários de tecnologia do país seja tratado de forma tão pueril, para não dizer coisa pior. Daqui a pouco vão dizer que a culpa é nossa e que não adianta mais fazer algo similar. </p><p>Parece-me um enorme desperdício jogar fora tantos projetos, certamente bons, pelas mãos de simples avaliadores que, provavelmente, não entendem bulhufas sobre o que estão avaliando. Quem são esses super-homens que descartam 2400 projetos de tecnologia com as desculpas mais esfarrapadas possíveis (ex.: não tem viabilidade; não há competência do proponente; não se enquadra no edital etc.)?</p><p>A Finep diz no seu sítio que está tentando um “acordo” com o TCU no sentido de que nas próximas avaliações isso não será repetido. Algo como “tem pizza?”.</p><p>(*) Presidente da FENAINFO</p><p> </p>
