<p><span style="font-size: 12.1599998474121px; line-height: 1.3em;"><img src="images/artigos/priscila_falchi_1.jpg" border="0" width="65" height="84" style="float: left; margin: 5px;" /></span></p>
<p><span style="font-size: 12.1599998474121px; line-height: 1.3em;">Priscila Falchi (*) </span></p>
<p>Nos últimos anos, os governos federal, estaduais e municipais investiram fortemente na informatização dos seus processos tributários e delegaram às empresas a responsabilidade de informar ao seu Fisco toda e qualquer movimentação, começando pela obrigatoriedade da nota fiscal eletrônica, que obrigou as empresas a investirem em sistemas de informação e também bloqueou a emissão das famosas notas fiscais espelhadas, aquelas que apresentavam o valor real na via entregue ao cliente, mas apresentava valor inferior no bloco de notas.</p>
<p>Atuando há mais de quatro décadas no mercado de sistemas de gestão, percebemos que as empresas precisam cada vez mais da informatização e melhoria de seus processos de negócios, além de aprimorar seus produtos e serviços para enfrentar a concorrência. Na outra ponta, as vendas devem dar conta de promover a captação de receitas para cobrir as contas e investimentos. Infelizmente esta equação não é tão fácil de ser resolvida, uma vez que os investimentos em TI crescem, mas, muitas vezes, as empresas passam por períodos de quedas no faturamento. Equilibrar as contas torna-se um grande desafio e a luta pelo mercado e manutenção do cliente a faz manter os investimentos em todas as áreas do negócio: pesquisa e desenvolvimento, novos produtos e serviços, capacitação das equipes, melhoria em todas as áreas.</p>
<p>Em fevereiro o SPED completa oito anos do início de sua implantação com muitas alterações, correções e novas obrigações. Desde então, as empresas têm sido obrigadas a correr contra o tempo para atender a todas as novas obrigações. Em 2015, por exemplo, entra em vigor, a ECF, Escrituração Contábil Fiscal, que altera o modo como as empresas devem informar todas as operações que influenciam a composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).</p>
<p>Os administradores não podem se colocar em posição defensiva diante destes novos desafios. Não vai adiantar reclamar ou se unir às suas entidades representativas para negociar melhorias e adiamentos. Enquanto as negociações com o Fisco acontecem – com resultados positivo ou não – as empresas não podem deixar para fazer a lição de casa na última hora. As multas são altas e as companhias ainda podem ser negativadas, ficando impedidas de participar das compras dos governos quando surgir uma oportunidade.</p>
<p>Em várias oportunidades que tivermos para conversar com administradores de PMEs e profissionais contábeis de várias cidades do País notamos que a maior reclamação deles se refere à falta de informação sobre as constantes mudanças e como atender corretamente a cada nova obrigação anunciada pelo Fisco. A capacitação do pessoal responsável por atender às demandas contábeis e fiscais é vista como prioridade, mas nem sempre fácil de ser obtida, uma vez que a realidade das empresas e profissionais fora dos grandes centros econômicos é vista como um obstáculo.</p>
<p>Muitas delas estão se apoiando em consultores e empresas especializadas para dar conta do recado e esperam que seus fornecedores de software possam também ter a capacidade de acompanhar a evolução das obrigações do Fisco, uma tarefa árdua que deve ser seguida a risco e ser planejada com antecedência para evitar erros na elaboração e envio dos arquivos digitais aos computadores do Fisco.</p>
<p>Não priorizar os esforços na melhoria da gestão de todas as etapas e rotinas da empresa, como se vê, pode sair mais caro que os atuais elevados custos para se manter uma companhia sadia e em dia com o Fisco.</p>
<p><em>(*) Coordenadora de Marketing da SISPRO, fornecedora de software de ERP e Soluções Fiscais</em></p>