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São Paulo
16 de setembro de 2024

Resiliência e recuperação de dados: essenciais para a arquitetura zero trust

(*) Eduardo Spinola

À medida que a arquitetura de segurança evolui para enfrentar o crescimento exponencial das ameaças cibernéticas, a recuperação de dados destaca-se como uma prioridade estratégica inegociável. No paradigma Zero Trust, onde a premissa é que todas as conexões e usuários devem ser continuamente validados, a capacidade de restaurar dados de maneira rápida, segura e confiável não é apenas uma vantagem competitiva, mas um imperativo operacional. Este modelo exige que as organizações implementem não só medidas robustas de prevenção de ataques, mas também soluções integradas de recuperação de dados que assegurem a integridade e a continuidade dos negócios, mesmo diante de incidentes críticos.

Resiliência de dados no modelo Zero Trust

O conceito de resiliência de dados, quando aplicado à abordagem Zero Trust, vai além da simples defesa contra ameaças; ele incorpora a capacidade de recuperar dados de forma eficiente e segura, garantindo que as operações possam ser retomadas sem interrupções. A Rubrik reporta que 84% das organizações consideram a recuperação rápida e confiável dos dados como uma prioridade crítica. Dentro de uma arquitetura Zero Trust, a segurança é integrada a todos os níveis da infraestrutura, tornando a resiliência dos dados um pilar fundamental para a continuidade das operações. Isso inclui a adoção de políticas que integram controles de acesso rigorosos e monitoramento contínuo, proporcionando a capacidade de identificar e mitigar riscos antes que eles comprometam a integridade da recuperação dos dados.

Soluções avançadas para recuperação de dados

A eficácia na recuperação de dados é amplificada pela adoção de soluções tecnológicas avançadas e pela automação inteligente de processos. De acordo com a Gartner, 67% das organizações que implementaram soluções de recuperação automatizadas e integradas registraram uma redução significativa no tempo de inatividade e uma maior confiabilidade nos processos de restauração.

A Rubrik enfatiza que a automação dos backups é crucial não apenas para acelerar o processo de recuperação, mas também para minimizar o risco de erro humano, que frequentemente é o elo mais fraco na cadeia de resiliência cibernética. Além disso, a prática de realizar testes regulares de recuperação é vital para garantir que os processos funcionem conforme o esperado e que os dados possam ser recuperados com a máxima integridade. A integração de criptografia robusta, tanto para dados em trânsito quanto em repouso, é uma medida essencial para garantir que a confidencialidade e a integridade das informações sejam mantidas durante todo o processo de recuperação.

Segurança durante a recuperação: aspectos cruciais no modelo Zero Trust

No modelo Zero Trust, a segurança dos dados durante o processo de recuperação é fundamental. A ausência de confiança implícita exige uma abordagem rigorosa, onde a criptografia end-to-end e os controles de acesso granulares são indispensáveis para proteger os dados em cada estágio do processo. Verificações contínuas da integridade dos dados, tanto antes quanto depois da recuperação, são necessárias para impedir a introdução de novas vulnerabilidades que possam comprometer a segurança e a eficiência das operações de recuperação.

No contexto do Zero Trust, resiliência e capacidade de recuperação de dados são componentes essenciais para garantir a continuidade dos negócios e proteger informações sensíveis contra ameaças emergentes. A integração de soluções avançadas de recuperação e a implementação de práticas de segurança rigorosas são vitais para enfrentar os desafios atuais e preservar a integridade da infraestrutura de TI.

(*) Data Protection Consulting Engineer da Vortex TI.