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Nesse cenário sobraram “vazios” entre os vários sistemas, nos quais não há integrações em tempo real que possibilitem o tráfego das informações entre os processos. Ainda mais com a agilidade necessária para tornar a corporação numa EMPRESA EM TEMPO REAL (RTE – Real Time Enterprise), que o cenário atual exige.
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Na sua grande maioria, a integração ainda é humana. Pessoas lêem informações num sistema e registram em outro. A integração de dados é feita via papel e, na melhor das hipóteses, com os arquivos TXTs ou EDIs. Até ocorre um nível de integração, mas com atrasa no tráfego de informações, além da troca repetitiva e cansativa de dados, além dos efeitos da interferência humana, sempre sujeita a erros em escala geométrica e que acabam por gerar transtornos graves, como cobrar um cliente que já pagou. Quem já passou por isso, sabe o quanto isso é desagradável e o efeito negativo disso para o negócio.
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Não só os buracos ou “gaps” de integração são os vilões da estória. Muitos processos não suportados pelos sistemas atuais passam por processos manuais ou pelas planilhas eletrônicas, que se tornaram o “analgésico” para todas as dores de cabeça, mas geram efeitos colaterais, como atraso na entrega de informações ou não confiáveis. O uso destas planilhas é, na sua grande maioria, justificadas pelo alto custo das customizações oferecidas pelos fornecedores de ERP.
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Outro cenário muito comum em muitos setores onde não existem soluções adequadas para o “core business” da empresa é o desenvolvimento de soluções específicas que, em sua grande maioria, também não estão integradas em tempo real com soluções existentes em áreas mais padronizadas, como compras, financeiro, faturamento, contabilidade, etc.
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Esses aspectos geraram uma demanda às empresas de tecnologia para produtos baseados nos conceitos do momento, entre os quais podemos citar algumas: EAI – Enterprise Application Integration, BPM – Business Process Mangement, SOA – Service Oriented Architecture, Workflow, BAM – Business Activity Monitoring, ESB – Enterprise Service Bus.
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Projetos e tecnologias viáveis para garantir o retorno de investimentos compatíveis com empresas de pequenos e médios portes já estão disponíveis com os conceitos acima. Todos eles em prol da rapidez na execução dos processos, da flexibilidade às mudanças de regras de negócios, agilidade na criação de novos produtos e serviços. No entanto, como são conceitos ainda novos, temos visto uma certa resistência inicial do mercado.
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As empresas de TI que oferecem projetos de integração para o pequeno e médio mercados são unânimes em relatar que os benefícios são bem entendidos, mas por não se tratar de conceitos consagrados, como o do ERP, as empresas têm adiado os investimentos na área. Mesmo em casos onde o retorno é claramente comprovado.
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Então, devemos alertar as empresas para o fato que muitas delas perceberão que o verdadeiro custo da falta de integração está oculto e afeta o principal patrimônio da empresa: os clientes. A exigência da qualidade cria um cenário competitivo e devastador, onde “milímetros” de vantagem fazem clientes migrarem de uma marca a outra. Ao mesmo tempo, empresas que vêem seus negócios pelo prisma da orientação a processos, e investem em integração, aumentam a lealdade de seus clientes e encontram-se firmes e fortes no propósito de manter seus clientes longe da concorrência. Estamos falando aqui das pequenas e médias empresas, pois no nível das grandes corporações essas dificuldades não existem, pois elas já realizaram esses investimentos. Ou já desapareceram no cruel combate da competitividade de mercado.
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Qual seria sua opção, numa compra de um CD ou DVD, num site de e-commerce, se um dos sites lhe oferece a entrega em 24h e outro que lhe dá um prazo de 1 semana, com custo maior? Muito provavelmente o site que lhe oferece o prazo de uma semana, tem um site de e-commerce onde os pedidos são impressos todos os dias pela manhã (quando o responsável não faltar ao trabalho) e depois são digitados por outra pessoa no ERP (que às vezes digita o produto errado). Isso leva a um cenário fatal de erros, perda de competitividade e conseqüentemente da lealdade de seu cliente. E quem não quiser perder dinheiro e clientes, a sentença está dada: terá que buscar a integração de seus processos de negócios.
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(*) CEO Magic Software Brasil – Grupo Repullo
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