Não há diferença significativa por gênero, faixa etária, renda familiar mensal ou classe social, segundo a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Senhas e Biometria no Brasil
É difícil encontrar um brasileiro com smartphone que nunca tenha acessado a Plataforma Gov br, um serviço que reúne, em um só lugar, serviços para o cidadão e informações sobre a atuação do Governo Federal, e que tem como finalidade facilitar o acesso dos cidadãos aos serviços públicos. Cerca de 94% dos usuários de smartphone ouvidos pela pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Senhas e Biometria no Brasil utilizam o serviço. E não há diferença significativa por gênero, faixa etária, renda familiar mensal ou classe social.
A pesquisa, que está em sua sexta edição, buscou saber quais serviços são mais acessados na Plataforma Gov br e redescobriu que a carteira nacional de habilitação (CNH) é o documento mais popular em formato digital no Brasil, presente nos smartphones de 52% dos brasileiros com 16 anos ou mais de idade. Entre os homens, 61% possuem o documento, e entre as mulheres a proporção é de 45%.
Outro documento importante, o RG registrou um aumento de 25% para 30% na proporção de brasileiros com a sua versão digital em seus smartphones. Segundo os organizadores da pesquisa, o crescimento se deve à popularização de apps estaduais de identificação civil, assim como à chegada da nova carteira de identidade nacional (CIN).
O título eleitoral, por sua vez, é geralmente desinstalado após os pleitos eleitorais. Em comparação com 2022, caiu de 54% para 43% a proporção com a versão digital do título de eleitor em seus aparelhos.
Um documento cuja versão digital se popularizou nos anos de Covid-19 foi a carteira de vacinação, mas, após o fim da pandemia, a proporção de brasileiros com a carteira de vacinação em seus smartphones baixou de 43% para 37%.
Outras descobertas da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Senhas e Biometria no Brasil
– A assinatura eletrônica de documentos é mais comum entre os jovens de 16 a 29 anos (79%) que no grupo de 30 a 49 anos (77%), ou naquele com 50 anos ou mais (67%). Também é mais utilizada entre pessoas das classes A e B (80%) do que entre aquelas das classes C, D e E (74%);
– O reconhecimento facial subiu de 43% para 49% na proporção de usuários de smartphone do País que já utilizaram essa tecnologia para acessar serviços no aparelho. É a primeira vez que o reconhecimento facial supera a leitura digital nesta pesquisa. Em 2018, na primeira edição deste relatório, apenas 11% já haviam experimentado autenticação por biometria facial;
– Senhas (31%) e token por SMS (22%) são considerados os meios de autenticação menos seguros;
– Praticamente metade dos brasileiros (45%) desbloqueiam seus celulares com leitura de digital. Entre usuários de Android, são 54%. Já os donos de iPhone preferem desbloquear com o rosto (66%).
Desconfiança geral com a gestão dos dados pessoais
Houve um aumento generalizado da desconfiança dos consumidores para com a gestão de seus dados pessoais em todos os setores monitorados para esta pesquisa, na comparação com a edição anterior, realizada um ano atrás. A proporção de entrevistados que deram a nota mínima (1), que significa “desconfio completamente”, aumentou em todos eles. O maior crescimento da desconfiança aconteceu em relação às redes sociais: passou de 9% para 30% os brasileiros que desconfiam completamente delas na gestão de seus dados pessoais, 21 pontos percentuais a mais. Operadoras de telefonia (+18 pps), Comércio Eletrônico (+17 pps), órgãos governamentais (+12 pps) e distribuidoras de energia (+10 pps) também registraram significativos aumentos da desconfiança.
Os bancos ainda são o segmento no qual os brasileiros mais confiam na gestão de seus dados pessoais, mas com uma queda de aprovação de um ano para cá: aumentou de 2% para 10% a proporção de brasileiros que desconfiam na maneira como os bancos cuidam dos seus dados pessoais.
Em apenas dois segmentos o público que confia é maior que aquele que desconfia: bancos e órgãos governamentais. Há mais gente que confia (49%) do que desconfia (21%) dos bancos em gestão de dados pessoais. No caso de órgãos governamentais, há um empate técnico: 34% confiam e 33% desconfiam.
A pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Senhas e Biometria no Brasil entrevistou 2.317 brasileiros que acessam a Internet e possuem smartphone. As entrevistas foram feitas on-line entre 11 e 20 de outubro de 2023. Esta pesquisa tem validade estatística, com margem de erro de
2,0 pontos percentuais e grau de confiança de 95%, e pode ser baixada AQUI.