<p>A revolução dos dados já existe, mas está se aprimorando conforme a tecnologia evolui. O já não tão distante 5G vai trazer possibilidades que hoje em dia só são vistas em filmes, como as casas inteligentes, velocidades de transmissão muito acima da média e até cirurgias à distância graças à baixa latência. As informações que já são coletadas há alguns anos vão influenciar a experiência dos usuários, corporativos ou não. À medida que melhorarmos a experiência e a conectividade, teremos uma necessidade maior de analisar as informações geradas nessa interação. Segundo pesquisa da IDC, os mercados de soluções em Big Data e business analytics devem alcançar em 2019 a marca dos US$ 189,1 bilhões gerados, 12% a mais do que no ano passado.</p>
<p>Ligada às novas gerações, a transformação digital está condenando aqueles que não estão aderindo às mudanças. A maneira como realizamos a interface com os serviços de maneira tradicional já não cabe mais aqui. Quem consome os serviços digitais já possui uma mente conectada. As questões são: como criar soluções digitais para que o cliente tenha novas e melhores experiências? O que fazer com a quantidade de dados gerados?</p>
<p><strong>A Jornada dos Dados</strong></p>
<p>A Jornada de Dados deve ser usada de maneira mais eficiente e segura. A coleta de informações é feita por meio de IoT, com os dispositivos transmitindo dados o tempo todo via internet. Não adianta possuir muitos gigas de mapeamentos de comportamento dos usuários, enquanto não desenvolvermos uma leitura correta e adequada dessas informações. Temos seis grandes passos dentro dessa jornada: a coleta, o transporte, a proteção, o armazenamento e processamento, a análise e o compartilhamento. A boa realização de cada fase impacta na próxima, garantindo a qualidade do processo de busca pela revolução digital.</p>
<p>Empresas que já estão se moldando digitalmente conseguem mapear melhor seus colaboradores utilizando a inteligência artificial. É possível reestruturar equipes inteiras analisando os dados de performance de cada um, tanto no back office quanto no front office, reduzindo erros e melhorando inclusive a comunicação dos times internos. Por que a área de marketing não está alinhada com o pessoal de produtos ou com a TI? As novas estruturas permitidas pelos dados conseguirão unir tudo isso.</p>
<p><strong>Profissionais em falta</strong></p>
<p>A máquina não vai substituir o homem. Pelo contrário, a tecnologia vem para complementar o trabalho e auxiliar as equipes a se tornarem mais estratégicas. Essas ferramentas estão nos dando subsídios para nos desenvolvermos e criarmos políticas de ações que irão impactar positivamente empresas e pessoas.</p>
<p>Mas, para isso, uma grande carência que ainda precisamos suprir no mercado é a de profissionais que saibam ler e interpretar essas informações, como os cientistas de dados. Estamos enfrentando uma busca por quem tenha um potencial grande para juntar as ferramentas às dinâmicas das empresas, realizando análises mais abrangentes como meio para criar soluções e descartar o que não for útil. Segundo a IDC, em 2025 teremos produzido mais de 180 trilhões de gigabytes de dados digitais. É crucial saber o que fazer com tantas referências.</p>
<p>Fazendo um panorama, segundo a pesquisa Global Data and Analytics Survey, da PwC, 39% das companhias se identificam como altamente direcionadas por dados, sendo que 36% delas conseguem prever melhor do que as demais organizações os próximos passos a serem tomados.</p>
<p>Dentro das empresas, é esperada essa integração e alta performance com base no mapeamento dos dados. No cotidiano, teremos experiências cada vez mais interligadas e direcionadas, como se todas as funções fossem pensadas para cada indivíduo, de forma inteligente e personalizada, tornando-os protagonistas das próprias atividades.{<br /><br /><em>(*) VP da Orange Business Services para a América Latina.</em></p>