<p>Embora algumas utilizem esses portais com eficiência, posso afirmar que 10 entre 10 empresas têm problemas com a falta de audiência dos colaboradores às suas intranets. Eles não se entusiasmam a participar (mesmo que os departamentos de RH os incentivem a fazer isso) porque sabem que naquele espaço a comunicação é feita em mão única, de “cima para baixo”. O funcionário pode até comentar algo, mas isso não o faz se sentir parte do processo.</p>
<p>O mundo evoluiu e a criação das redes sociais tornou a vida de todos nós muito mais colaborativa. Mais do que simplesmente receber informações, as pessoas querem contribuir, expor sua opinião, participar. Essa tendência é ainda mais marcante nos profissionais da geração Y – que vêm amadurecendo e assumindo cargos de gerência nas empresas – e nos jovens nascidos nos anos 90, que já cresceram passando horas na internet e no Facebook.</p>
<p>Diante dessa nova realidade, é natural que o futuro das intranets esteja na migração para um modelo de redes sociais. A grande vantagem desta mudança está na facilidade de adoção da tecnologia. Por já serem familiarizados à dinâmica das plataformas mais utilizadas em seu dia a dia, usar a rede social corporativa será um processo natural.</p>
<p>É claro que as rede sociais corporativas oferecem menos liberdade ao usuário do que as convencionais. Não é indicado que exista, por exemplo, a opção de “seguir” um colega de trabalho, (de forma a evitar a criação das tradicionais “panelinhas”), e o conteúdo postado deve ser moderado para evitar qualquer tipo de desconforto.</p>
<p>Por outro lado, ela possibilita uma interação muito maior entre líderes e liderados e garante um espaço onde os colaboradores não apenas recebem os principais comunicados, mas podem trocar ideias e contribuir com informações para o crescimento da empresa. Isso faz com que o processo de comunicação se torne bilateral, democrático, colaborativo e muito mais interessante, é claro! (*) Sócio-fundador da SER, empresa brasileira especializada em tecnologia para a gestão do capital humano.</p>