<p>Esse cenário demanda do novo líder digital uma postura mais humana, com elevado grau de inteligência emocional, que seja capaz de gerar propósito e comprometimento nos talentos das pessoas, especialmente em desenvolvedores e responsáveis por atendimento ao cliente, para que estejam engajados e criativos, produzindo produtos digitais que realmente entreguem valor para o cliente.</p>
<p>Uma das estratégias mais bem utilizadas pelos novos líderes digitais é a de investir numa plataforma de RPA (Automação Robótica de Processos), para liberar as pessoas das atividades repetitivas manuais de teclado e mouse, que são cansativas e enfadonhas, rotinas que desmotivam as pessoas, como por exemplo: cadastro de clientes, preenchimento de formulários, download de planilhas, conferencia de dados de diferentes sistemas, etc.</p>
<p>A partir do momento que as pessoas aprendem a criar seus fluxos robóticos, o problema de falta de tempo e braços, vai se acabando e o tempo e energia para fazer a transformação digital, crescendo naturalmente, pois cria-se um mindset de valor para o negócio.</p>
<p>Mas atenção, é preciso tomar cuidado com algumas armadilhas nessa iniciativa, como por exemplo, a de que o RPA tem que dar ROI (Retorno sobre investimento) com redução de pessoas (head count), isso pode até acontecer em alguns casos, mas dificilmente acontecerá com o primeiro processo robotizado.</p>
<p>Normalmente, os projetos de RPA iniciam com fluxos de trabalho simples, que rodam 100% na internet, sem precisar grandes integrações e comunicações com sistemas locais. Iniciar pequeno com um fluxo de trabalho simples e de poucos passos ajudam a blindar os times responsáveis por fazer o RPA decolar, porque assim as pessoas aprendem sobre as regras e sistemas envolvidos no processo.</p>
<p>Escolher um parceiro de RPA também é fundamental para o sucesso, pois é importante trazer conhecimentos de quem já conhece da tecnologia e do segmento do negócio, com cases já implementados, isso reduz muito o ciclo de aprendizado, acelerando a entrega de mais robôs.</p>
<p>Com o primeiro processo robotizado, nascerão os primeiros robôs, e os “pais” farão propaganda, orgulhosos de seus filhos, isso ajuda a promover o interesse dos demais colegas em aprender a fazer também seus próprios robôs.</p>
<p>Ao longo do tempo, o ROI chegará, porque as pessoas que antes eram consideradas um passivo, um custo necessário para se fazer aquela atividade manual, serão engajadas como líderes de processos, otimizando e reduzindo o tempo de execução de atividades que antes impactavam a fidelização de clientes e o ganho de novas receitas.</p>
<p>Afinal, robotizar processos reduz erros de digitação, agiliza o tempo de atendimento de clientes e motiva as pessoas que passam a se sentir parte das evoluções, passando a focar em atividades de maior valor: relacionamento, criatividade e sentir o cliente final, lá na ponta, cada vez mais hiperconectado.</p>
<p>Outra estratégia de sucesso dos novos líderes digitais é de empoderar seus desenvolvedores com plataformas modernas (low-code) de programação, porque estas já vem com templates, interfaces gráficas, fluxos e integrações semi-prontas, que facilitam a vida do desenvolvedor, permitindo que ele foque mais na redução das fricções que existem no processo de atendimento ao cliente, usando a tecnologia como propulsora de receita e fidelização.</p>
<p><em>(*) Diretor na Quality Nextech.</em></p>