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6 de fevereiro de 2025

Modelo MPS e Métodos Ágeis é tema de livro

A discussão sobre a possibilidade ou não da utilização de métodos ágeis no desenvolvimento de software em conjunto com modelos de maturidade em processos de software é frequente e atual. Alguns consideram que as exigências dos modelos de maturidade não podem ser implementadas em organizações com desenvolvimento ágil. Outros, que a implementação desses modelos irá ferir a agilidade do desenvolvimento.

E é justamente esse o foco central do livro “A História da Tahini-Tahini: Melhoria de Processos de Software com Métodos Ágeis e Modelo MPS” (http://www.softex.br/mpsbr/livro-a-historia-da-tahini-tahini/) de Jorge Boria, Viviana Rubinstein e Andrés Rubinstein, lançado durante o Simpósio Brasileiro de Qualidade de Software (SBQS 2013) pela Secretaria de Política de Informática (SEPIN) do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável pela condução do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade em Software (PBQP Software). Sua versão em espanhol será apresentada no próximo dia 12 de setembro, em Buenos Aires.

Nele, os autores, a partir de sua riquíssima experiência como consultores, avaliadores MPS e ‘lead appraiser’ CMMI, mostram que não existem contradições entre modelos de maturidade, melhoria de processos e métodos ágeis. Pelo contrário, há um excelente caminho que pode ser trilhado com sucesso pelas organizações até serem atingidos níveis muito altos de qualidade e de maturidade nos processos de software.

Explorando a história da empresa fictícia Tahini-Tahini, seus autores detalham como se inter-relacionam as técnicas de consultoria com os métodos ágeis para atender aos resultados esperados do modelo MPS-SW (Software). Para isso utilizam quatro métodos ágeis – Kanban, Scrum, XP e FDD (Feature Driven Development).

“Esse é um livro técnico, mas fascinante e de leitura muito agradável que por vezes nos leva a rir tamanho o bom-humor dos autores ao tratar o tema”, destaca Ana Regina Cavalcanti da Rocha, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ), no prefácio.
Nelson Franco, gerente de Qualidade da Softex, espera que esta publicação “motive as empresas a investirem na melhoria contínua de seus processos de software e de sua competitividade tanto no mercado brasileiro como no exterior”.

Kival Weber, coordenador executivo do programa MPS.BR, lembra que o modelo MPS-SW (Software) está sendo implementado desde 2004 no Brasil e, de março de 2010 a março de 2014, na Colômbia, Peru e México no âmbito do Projeto BID/FUMIN ‘Rede Latino Americana da Indústria de Software (RELAIS). “Este ano, nossa meta é superar a marca das 500 avaliações MPS, dando também sequência ao processo de internacionalização do modelo MPS”, complementa.

Coordenado pela Softex, o programa mobilizador MPS.BR – Melhoria de Processo do Software Brasileiro já totalizou 491 Avaliações MPS-SW (Software) em empresas de todas as regiões do país, muitas das quais utilizam métodos ágeis, em um intervalo de tempo justo e a um custo módico. Desse total, 70% são empresas de micro, pequeno e médio porte e 30% são grandes organizações públicas e privadas. A iniciativa conta com investimentos das empresas e apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID/FUMIN) e do SEBRAE.