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Na década de 1980, começou o uso de computadores em rede, alavancando aplicações mais robustas e dando início a um grau maior de integração entre os aplicativos. O MRP evoluiu para MRPII (Manufacturing Resource Planning), planejamento dos recursos de manufatura.<br />
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A interface destes sistemas era meramente caracteres, ou seja, apenas textos de uma fonte única, algumas vezes até coloridos, mas nada melhor do que isto. A popularização dos sistemas para empresas menores iniciou com o sistema operacional MS-DOS, que rodava nos PCs (computadores pessoais). As informações não tinham grande integridade, uma vez que banco de dados robustos não eram ainda realidade para pequenas corporações. A maioria desses aplicativos no Brasil utilizava o repositório de dados DBASE, popularizado pela linguagem de programação Clipper.<br />
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Na década de 90, a interface evoluiu com a disseminação do Windows, com recursos gráficos poderosos e a introdução do mouse, retirando o reinado absoluto, até então, do teclado. Embora movimentar o cursor na tela com o mouse exigisse ter de abandonar temporariamente o teclado, mesmo assim os usuários se renderam aos encantos do ‘ratinho’.<br />
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Nessa década, começou a difusão do ERP (Enterprise Resource Planning) ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, no Brasil). Esta nova solução exige integração total e, por isso, elimina a fase anterior de ‘ilhas departamentais’. Os ganhos de uma integração forte são visíveis: eliminação da redundância de informações e de atividades; eliminação de retrabalhos e de erros de digitação; maior segurança e redução de fraudes; informações mais rápidas, precisas e com maior qualidade; apoio rápido à tomada de decisões e, por conseguinte, uma resposta mais rápida ao mercado. Na prática, esta integração forte não deixa que um erro seja colocado ‘embaixo do tapete’, pois, quando ocorre, é propagado no sistema, e costuma-se dizer que no ERP o erro ‘grita’.<br />
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Muitas empresas haviam desenvolvido suas próprias soluções de ERP, no entanto a grande maioria foi forçada a substituí-las em decorrência do ‘bug do milênio’, na virada de 2000 para 2001.<br />
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No ERP, como a informação passou a ser integrada, a qualidade de preenchimento também passou a ter uma exigência muito maior, com mais esforço por parte dos usuários, uma vez que sua informação alimenta os processos seguintes da corporação. Para complicar ainda mais este nível de exigência, o governo passou a requerer estes preciosos dados com o objetivo de realizar cruzamento de informações entre as relações clientes-fornecedores dos contribuintes. Essas exigências iniciaram como IN68, depois IN86, SINTEGRA e, atualmente, estão sendo reorganizadas no SPED (Sistema Público de Escrituração Digital).<br />
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Com todas estas exigências, implementar um ERP, treinar seus usuários, parametrizar as regras de negócio e de atendimento fiscal passou a ser um grande desafio, complexo e de muito envolvimento. Os fabricantes de ERP precisaram perceber que a vida do usuário não estava mais nada tranquila. Para tornar a vida do usuário mais fácil, foi necessário se adaptarem a essas exigências, mas sendo criativos nas interfaces do sistema. Que não pode mais ser apenas passivo, e precisou evoluir para ser um parceiro do usuário, para tratar do serviço pesado, das complexidades fiscais inerentes. Felizmente, agora o sistema operacional já havia evoluído, a interface gráfica já estava disseminada.<br />
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A complexidade tributária cria uma série de complicações ao usuário, por isso os sistemas nativos levam vantagem sobre os sistemas importados, pois já contam com mecanismos intrínsecos para facilitar estas operações. É muito ruim para o usuário precisar entrar em telas separadas para complementar dados fiscais, tais como retenções de tributos, por exemplo. Além disto, só os sistemas nacionais refletem plenamente no fluxo de caixa as nuances das exigências fiscais.<br />
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O ERP também evoluiu para simplificar a interface do usuário, trabalhando mais com gráficos e imagens, afinal, como diz o ditado, ‘valem por mil palavras’. Muitos sistemas passaram a representar dados com apoio de ‘geoprocessamento’, o que, por si só, é uma grande revolução, tanto do ponto de vista de prospecção de clientes, avaliações de atuação no mercado, quanto para logística de entrega de produtos e serviços.<br />
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Agora, outras novidades estão surgindo, como o avanço da computação móvel e telas touch-screen, basta ver o sucesso do iPhone da Apple. Parece que até o mouse está com os dias contados, pois as telas de toque já são realidade e seu tratamento já está incorporado às novas versões do Windows e de outros sistemas operacionais.<br />
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Ao longo do tempo, o ERP teve desdobramentos em outras siglas não menos importantes, tais como: CRM (soluções de relacionamento de clientes), BI (Business Intelligence), SOA (Arquitetura Orientada a Serviços), BPM (Business Process Management).<br />
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Recentemente, tem sido muito comentada a computação ‘nas nuvens’ (cloud computing), que basicamente consiste em oferecer todo serviço de software remotamente, sendo que os dados estarão armazenados em servidores externos à corporação. Este modelo determinou o SaaS (Software as a Service), ou seja, o software oferecido como serviço, pronto para usar. <br />
Há uma grande promessa neste modelo, pois, no caso do ERP, teremos uma considerável redução da complexidade de instalação e preparação de ambiente, incluindo parametrizações básicas, conforme a área de atuação da corporação e de acordo com sua situação geográfica. E, consequentemente, suas obrigações fiscais e acessórias.<br />
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Este modelo, aliado ao treinamento a distância (EAD), pode proporcionar uma nova experiência aos usuários, permitindo uma implementação de ERP muito mais rápida e tranquila, com redução substancial de custos para quem adquire o sistema de gerenciamento.<br />
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* Diretor de desenvolvimento da Cigam Software Corporativo<br />
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