<p>Pois é, situações como essa provam que conversas paralelas são um crime quando se trata de atendimento ao cliente e ao consumidor. Seja na sala de aula, durante uma reunião, um bate papo mais sério, conversas paralelas sempre atrapalharam. Não há nada mais desagradável e incomodo do que necessitar de atenção e ter algo provocando algum tipo ruído na informação que o consumidor deseja obter e ainda ter que implorar por atenção.</p>
<p>A conversa atravessada, aqueles comentários desnecessários dos funcionários sobre a quantidade de pessoas que ainda restam para atender, a vendedora que diz “que vontade de ir embora”, a conversa paralela sobre a briga com o namorado, mãe, tia ou filho, esses ruídos no momento de atender quem consome pode sim frustrar o consumidor, além de depreciar a venda, desfavorecer a loja, a marca e enfim causar uma série de consequências que ao final irão refletir intensamente no engajamento e na admiração do consumidor para com a marca.</p>
<p>Claro, a ideia não é de que os atendentes e vendedores sejam engessados e sim que mantenham o foco da conversa com seu cliente. Se dirija a ele, converse com ele, de atenção a ele, se volte para quem procura pelo atendimento.</p>
<p>Essa recepção é a porta de entrada de fidelização do consumidor, então as conversas alheias, paralelas, atravessadas que não fazem parte do trabalho podem ficar para um segundo momento, até mesmo para que algo ruim do dia-a-dia não contamine o ambiente de trabalho e nem torne o problema pior do que já esta.</p>
<p> (*) Sócio-Diretor da OnYou, especializada em qualidade de serviços e diretor executivo da MSPA-LA divisão latina americana da Mystery Shopping Providers Association mundial.</p>