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21 de dezembro de 2024

Cerca de 80% das empresas no Brasil investiram ou vão investir em IA nos próximos 12 meses

Pesquisa do IT Forum Inteligência entrevistou mais de 300 profissionais de TI para traçar um panorama sobre o setor no País

A lista de setores que já utilizam a Inteligência Artificial (IA) no desenvolvimento dos negócios é extensa. Da saúde ao agronegócio, passando pela indústria e o varejo, a IA está ganhando cada vez mais relevância no Brasil e deve crescer nos próximos anos. Isso é o que aponta o levantamento da pesquisa “Antes da TI, a Estratégia”, de 2024, realizada pelo IT Forum Inteligência.

No estudo, foram entrevistados 308 profissionais de TI. Dentre eles, 16% consideram a Inteligência Artificial muito importante para as suas empresas. Porcentagem que salta para 49% quando avaliamos em uma perspectiva de médio prazo, levando em conta os próximos dois ou três anos.

Para Bruna Bomfim, gerente de estudos do IT Forum Inteligência, a chegada da IA levou as companhias a uma nova estratégia. “Com a gestão de dados e a cibersegurança se tornando prioridades de investimento, essa tecnologia passou a ser vista como um diferencial competitivo e uma nova fonte de receita para as empresas. No entanto, 78% dos executivos de TI afirmam que ainda precisam de mais conhecimento sobre o assunto antes de fazerem investimentos significativos, indicando uma imaturidade no mercado”, afirma.

Ainda segundo a pesquisa, 43% das empresas preveem investimentos nessa área nos próximos 12 meses, ao passo que 36% já iniciaram os aportes, que devem continuar pelo próximo ano. Enquanto isso, 17% ainda não implementaram qualquer solução com IA e sequer têm previsão de investimento.

Nesse cenário, no entanto, as empresas enfrentam um entrave para alavancar o uso da Inteligência Artificial: a falta de mão de obra qualificada “O recrutamento e a retenção de talentos, aliados à escassez de equipe com habilidades necessárias para desenvolver iniciativas, são apontados como os principais fatores riscos para o sucesso de iniciativas e estratégias em 47% dos casos. Isso destaca a urgência de investimento das empresas em educação profissional e formação de mão de obra especializada para atender às necessidades do mercado brasileiro”, completa Bruna.

A formação desses profissionais não consegue acompanhar a velocidade da demanda, resultando em um déficit significativo de talentos. Segundo o levantamento, mais da metade (52%) dos respondentes ainda enfrentam dificuldades na hora de desenvolver soluções utilizando ferramentas de Inteligência Artificial, comprometendo, assim, o potencial de inovação e competitividade do mercado brasileiro.