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24 de novembro de 2024

Lições sobre o uso da Internet na Olimpíada de Londres

<p>Na verdade, a razão para eu acompanhar tão de perto esta edição dos jogos foi a surpreendente quantidade de conteúdo online e cobertura em mídias sociais disponíveis em tempo real, ainda mais estando em outro continente em relação ao local dos jogos. Eu tinha a possibilidade de checar atualizações de notícias, destaque ou histórias das competições de hora em hora… e o mais interessante era poder fazer isto de qualquer lugar. Este foi, sem dúvida, um marco na transmissão dos grandes eventos.<br /><br />Twitter, Facebook, Youtube, downloads, streaming. Não importa qual dispositivo estivéssemos usando ou de que forma estivéssemos usando, o mundo estava fazendo uso de pelo menos uma destas formas para ter acesso ao conteúdo online dos jogos.&nbsp; Se, por um momento, supormos que grande parte dos espectadores dos eventos online estavam em seus locais de trabalho, escola, universidades e pontos de acesso comunitários, entre outros, podemos chegar ao consenso que o impacto nas redes corporativas pelo mundo deve ter sido enorme, talvez até preocupante. Mas por que preocupante? A questão é mais séria do que podemos imaginar, uma vez que o problema de tráfego nas redes privadas (empresas, escolas, governo, etc) durante a Olimpíada de Londres 2012 serve como alerta: será que estas redes estarão realmente prontas para o tráfego significativo que teremos nos próximos anos? O exemplo mais próximo que temos é o da Copa do Mundo de 2014, a ser realizada em nosso território e que certamente trará grandes impactos para as redes.<br /><br />Voltando a falar de Londres 2012, o enorme volume de cobertura online e social disponível, juntamente com um acesso sem precedentes disponibilizado pelo público durante o evento, gerou a criação do termo “Socialympics”, o qual pode ser traduzido como “Olimpíada Social”. Tal nomenclatura pode ser justificada quando analisamos os números contabilizados durante todo o período olímpico: mais de 3.500 horas de evento foram entregues pela internet na forma de cobertura de vídeo, diretamente da capital da Inglaterra, num total de 302 competições.<br /><br />No universo da tecnologia, uma pesquisa da SEO.com mostra que, enquanto um único usuário assistindo a um vídeo pode consumir entre 25 e 30% da estrutura de TI, durante os Jogos Olímpicos estima-se que o tráfego gerado pela transmissão dos eventos tenha consumido o mínimo de 60% das redes corporativas em todo o mundo. Um exemplo prático pôde ser visto em Los Angeles (Estados Unidos), onde houve um pedido público para as pessoas pararem de assistir as competições pela Internet no horário de&nbsp; trabalho porque a rede da cidade estava congestionada.<br /><br />É fácil falarmos que a Olimpíada é “apenas um ponto no radar” e que não há nada para nos preocuparmos. Mas será que realmente é esse ponto? Será que não estamos vendo a macrotendência se movimentando em um passo mais rápido do que podemos imaginar, ainda mais estando próximos de um grande evento no Brasil? As tecnologias de colaboração e vídeo vieram para ficar e é este tipo de tráfego que vai dominar as redes nos próximos anos.<br /><br />Como podemos nos preparar para este cenário, assegurando o SLA (Acordo por Nível de Serviço) para os aplicativos corporativos tradicionais e as novas aplicações conviverem e promoverem a melhora na produtividade e a experiência do usuário?<br /><br />Diante deste cenário, é fundamental analisarmos as lições deixadas durante o período olímpico para termos a certeza de que nossas redes corporativas estejam preparadas para um futuro onde o uso de controles do tráfego crítico se torne prioridade para as empresas.<br /><br />(*) Diretor Regional da Exinda no Brasil</p>
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