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23 de dezembro de 2024

HSPA acelera banda larga móvel na América Latina

A maioria das operadoras móveis da região já possui uma boa oferta de serviços e de acesso, possibilitando atender à elevada demanda de seus assinantes, que desejam, óbvio, uma conexão em alta velocidade, seja no escritório, em casa ou quando está movimento.<br />
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Podemos dizer que o maior responsável por este cenário tem um nome: HSPA – Hight Speed Packet Acess, conhecido como a primeira evolução dos sistemas 3G/WCDMA e utilizado por mais de mais de 280 operadoras em aproximadamente 120 países, incluindo a América Latina. A maioria dos sistemas HDPA disponíveis globalmente possuem atualmente capacidade de pico de downlink de 7.2 Mbps ou maior, o que fundamenta o crescimento do acesso banda larga móvel. O que sinaliza para um considerável nível de satisfação durante o acesso. O próprio mercado estima que a velocidade possa chegar a 21 Mbps até o final de 2010, sendo que ao final de 2009 muitas operadoras móveis em várias partes do mundo já ofereciam velocidades de até 14 Mbps.<br />
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Em todo o planeta existem mais de 150 milhões de assinantes HSPA, com mais de 100 milhões entrando nesta lista somente em 2008. E este forte crescimento se manterá também no próximo período.<br />
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Este aumento da velocidade oferecida também pode ser explicado por muitas razões, mas a principal delas é que o usuário de telefonia móvel busca um acesso em banda larga móvel realmente veloz e os fabricantes de aparelhos investem em tecnologias para tornar seus produtos cada vez melhores e com maior capacidade. <br />
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A evolução dos aparelhos também tornou a banda larga móvel mais amigável e fácil de usar que a banda larga “fixa”, especialmente para utilizar os modems USB (dongles), os quais são mais fáceis de usar e não necessitam a configuração de roteadores. Em alguns casos, a banda larga móvel também é a única opção, principalmente onde a infraestrutura de acesso fixo não está disponível, ou onde este acesso não é tão barato. Lugares assim não faltam.<br />
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Por sua vez, o usuário corporativo ganhou a capacidade de se manter conectado com a empresa e clientes, o que significa ter uma resposta mais rápida às suas atividades de negócios, impulsionando o feedback e o nível da qualidade de seus serviços e atividades cotidianas. E também para este usuário há necessidade de conexão permanente em busca de informação, entretenimento e comunicação. Sem se esquecer da juventude, que se apresenta com uma dos segmentos mais conectados.<br />
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Em muitos países o número de conexões banda larga se equiparam ou superam à tradicional banda larga fixa, sendo que todas as previsões de crescimento tendem para o lado da conexão em alta velocidade. O tráfego de assinantes em redes tem se movimentado rumo à utilização de serviços móveis de dados, agora em maior proporção em relação aos demais serviços. <br />
Para os usuários, há ainda uma grande oferta de dispositivos móveis com capacidades de acesso banda larga, sendo que atualmente são mais de 1600 modelos destes aparelhos comercializados no mercado global, com velocidade de acesso elevada. E estes aparelhos estão cada vez menores e leves, são mais integrados e baratos. Notebooks e smartphones estão se tornado elemento fundamental para o uso do acesso à Internet móvel.<br />
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Análise dos relatórios das principais operadoras móveis globais, tais como Vivo, AT&amp;T, Telefónica, Vodafone, Telstra, MTN, Orange, entre outras, permite notar como o tráfego móvel de dados, os quais utilizam a banda larga móvel, está pavimentando o crescimento do tráfego nas redes e contribuindo para aumentar as receitas e a rentabilidade das operadoras de telefonia móvel.<br />
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Outro fator relevante é a evolução do desempenho, tanto nas redes das operadoras como nas capacidades dos dispositivos móveis. Mais e mais operadoras têm se comprometido com pacotes de serviços baseados em HSPA Evolution (HSPA+), oferecendo funcionalidades avançadas para as redes e os aparelhos, o que garante maiores benefícios, incluindo as velocidades mais altas, tempo maior na utilização dos terminais, aumento do tempo de vida das baterias, tempo de respostas maior (baixa latência) e área de cobertura ampliada.<br />
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O passo seguinte será o LTE (Long Term Evolution), que deverá garantir uma maior experiência ao  usuário, mesmo que poucas operadoras na América Latina tenham anunciado seu comprometimento na região com esta tecnologia. Alguns pilotos já estão andamento e é certo que LTE irá impulsionar a eficiência e desempenho das redes móveis, além de oferecer menor custo para o mercado de massa do acesso via banda larga móvel. Apesar o nosso otimismo, iremos esperar mais alguns meses para que os primeiros sistemas LTE comerciais entrem em operação comercial ainda este ano.<br />
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Por sua vez, organismos reguladores da América Latina deverão preparar o caminho para a introdução do LTE, possibilitando que as operadoras locais se familiarizem com a tecnologia através de ensaios e adoção de redes piloto. Em paralelo, as operadoras irão desenvolver-se e ampliar seus negócios, os quais são – e serão assim por algum tempo – conduzidos pelos sistemas HSPA e HSPA+, e também promover a evolução de seus sistemas de backhaul para suportar o espertado crescimento do tráfego de dados.<br />
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(*) Presidente da GSA Association<br />