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22 de dezembro de 2024

Sebrae amplia a capacidade de armazenamento e processamento do seu datacenter

A entidade reduz o custo de implantação e operação para aprimorar o fomento aos empreendedores brasileiros

O Sebrae Nacional, que congrega unidades em 27 estados do País, está investindo na ampliação da capacidade do seu data center aumentar o poder de armazenamento e de processamento de dados. O objetivo é reforçar suas ações de apoio às PMEs e continuar a promover a criação, expansão e modernização das micro e pequenas empresas, capacitando-as para cumprir com eficácia o seu papel no desenvolvimento econômico e social.

Segundo o coordenador do Núcleo Operacional de Infraestrutura e Segurança da Informação, Sebrae Nacional – Brasília, Elvis Roberto Barreto, o data center estava muito inadequado, com produtos antigos, sem garantia (com mais de dez anos de vida), aos quais os fabricantes não davam mais suporte. “Fazíamos manutenção e melhorias pontuais, mas a estrutura não suportava mais a acelerada transformação digital do Sebrae”, diz o coordenador.

Para se ter uma dimensão da necessidade sistêmica do Sebrae Nacional, atualmente, trafegam dados de 16 a 20 milhões de clientes cadastrados, sem contar as operações internas com 7 mil funcionários, além dos fornecedores.

Sendo essencial no desenvolvimento do ecossistema brasileiro de apoio às micro e pequenas empresas, o Sebrae Nacional implementou um audacioso projeto de Private Cloud, que ampliou sua capacidade de armazenamento de 5 Terabytes para 410 Terabytes. E, assim, conseguiu melhorar significativamente a prestação de serviços aos pequenos negócios brasileiros.

Pedro Diógenes, diretor técnico da CLM, distribuidor latino-americano, que apoiou tecnicamente a implementação do Nutanix Karbon, solução que permite configurar e implementar automaticamente clusters Kubernetes, rodando em servidores da Lenovo, conta que, no espaço físico onde antes era ocupado por três racks completos, foi instalado meio rack, otimizando espaço e capacidade. Com 410 Terabytes de espaço livre em disco, CPUs com 412 núcleos físicos e 6,7 Terabytes de memória. “Tudo isso em apenas 22 U de espaço em rack”.

A opção pela hiperconvergência

A Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação (UTIC) do Sebrae estudou diversas soluções disponíveis no mercado e percebeu que, com a hiperconvergência, seria possível reduzir os custos e ter um serviço eficiente, pensando em todo o sistema Sebrae, presente nos 27 estados do Brasil. No edital, foi definido que o equipamento e a solução fossem robustos, autogerenciáveis e que se fizesse uma ata de registro de preços s (termo técnico em concorrências públicas), de modo que as demais unidades também pudessem aderir rapidamente  à solução.

“A Nutanix venceu a concorrência por atender a todos os pré-requisitos, por ter apresentado não só a solução que procurávamos, mas também o preço, a garantia, o suporte, entre outras especificações. O formato da entrega da solução também foi o que mais combinou com o formato que o Sebrae procurava”, descreve Barreto.

Após a Nutanix vencer a licitação, a solução já estava em operação em curtíssimo prazo. “Entre 30 e 45 dias, a nova estrutura já estava funcionando totalmente. Não queríamos ficar seis meses implementando e configurando. A transição foi rápida, o modelo de operação é simples e houve total apoio das empresas parceiras: Nutanix, Lenovo como e CLM. Tudo foi muito adequado e atendeu, em todos os níveis, o que precisávamos”, detalha Elvis Barreto.

Depois de implantado o projeto, o Sebrae melhorou em, pelo menos, duas vezes a velocidade de processamento de uma série de atividades. O tempo de processamento da folha de pagamentos do Sebrae Nacional, por exemplo, foi reduzido em dois terços. “Conseguimos reduzir o tempo de processamento da folha do Sebrae inteiro (entre 6 e 7 mil pessoas) de 35 minutos para menos de 11 minutos”, conta o coordenador da entidade.

O Nutanix Acrópolis (AOS), software de orquestração embarcado no Nutanix Karbon, integra recursos de armazenamento, computação e rede em uma infraestrutura definida por software, escalável, segura, sólida e fácil de usar, o que permitiu que todas as máquinas virtuais (VMs) do Sebrae fossem colocadas dentro do mesmo ambiente. “Com o Acrópolis, agora, temos capacidade e velocidade de processamento, além de mais segurança com o backup, que o snapshot, que faz a cópia instantânea de tudo em nossos sistemas, nos proporciona”, avalia.

Mas, o principal, continua Barreto, foi conseguir que as iniciativas de Docker e kubernetes fossem processadas dentro do ambiente Nutanix, utilizando Karbon, visto que esta solução facilita o gerenciamento de kubernetes, que elimina grande parte dos processos manuais necessários para implantar e escalar as aplicações em containers, entregando alta disponibilidade por meio do fluxo de trabalho simples e otimizado. “Hoje, conseguimos subir uma máquina muito rapidamente, bem como conceder acesso às pessoas de forma muito mais escalonada”, detalha. Esse formato de concessão de privilégios de rede é a base da filosofia Zero Trust, em que o colaborador tem acesso apenas ao que ele precisa. “Liberamos um ‘pedaço’ para a pessoa trabalhar, sem afetar a área de produção. Anteriormente, era preciso criar acesso remoto, liberar perfil etc.”, detalha o coordenador.

Licenciamento perpétuo

O software de gestão Acrópolis, tem licenciamento perpétuo, outro fator que contribuiu para a escolha da Nutanix. “No edital, especificamos que o software gerenciador fosse ‘ad eternum’, tivesse robustez para executar nossas operações e fosse 100% aderente ao legado de nossas máquinas virtuais.”

Assistência no pré e no pós-venda

Além disso, o Sebrae teve assistência da CLM em todas as etapas do projeto. Durante a implantação, a operação foi assistida pela distribuidora, in loco e remotamente. “Depois, 15 pessoas receberam capacitação quanto ao funcionamento e operação do Nutanix, inclusive de outros estados, que irão aderir à ata de registro de preço para também adquirir a solução”, relata Barreto.

Planos para o futuro

Barreto explica que a solução implantada contempla o primeiro “nó” do sistema Sebrae, que prepara a expansão do projeto, com a conexão entre o Sebrae Nacional e as unidades Sebrae de Mato Grosso e de São Paulo. “É apenas mais um dos projetos da série de revoluções tecnológicas que o Sistema Sebrae está fazendo!”, comemora.

Com a centralização dos sistemas de atendimento, folha de pagamento e toda a área financeira do Sebrae, a entidade provavelmente precisará expandir, para ter mais capacidade de armazenamento e de processamento. “Percebemos que a solução é boa e estudaremos uma possível expansão para os próximos momentos, quando finalizarmos todo o processo de centralização.”

Barreto salienta que a parceria é de grande magnitude, com serviços adequados que atendem às necessidades, tanto por parte da CLM como por parte dos fabricantes Nutanix e Lenovo. “Time muito bom, a direção, o acompanhamento comercial, a parte financeira. Nos ajudaram bastante nos momentos necessários. Nunca ficamos desassistidos, então, esperamos que isso continue enquanto a parceria durar e para depois também”, comenta ainda o coordenador do Sebrae.

Agora, 100% das operações internas, os sistemas corporativos, rodam no Nutanix, dentro do ambiente interno do Sebrae, que era outro objetivo do projeto: retirar toda a operação que estava alocada em data centers externos. De modo que a entidade pudesse monitorar e atuar mais de perto, com solução e parceiros adequados e dentro dos prazos que o Sebrae precisava. Assim, foi possível reduzir os custos com data centers externos. “Reduzimos de 15 milhões de reais para 11 milhões e vai baixar mais ainda.”

A previsão é que a entidade use data centers apenas no caso de disaster recovery ou para necessidades extremas. As operações 24 / 7, que são os sistemas que atendem aos clientes, estão em nuvem pública.

Anteriormente, o Sebrae trabalhava com servidores blade de vários fabricantes. Havia limitação de espaço e de processamento. As VMs eram todas baseadas em outra solução, que fazia a virtualização de hardware, mas não era a mais adequada para o Sebrae, por conta do preço, do licenciamento e dificuldades com processadores etc.

“Com este projeto, estamos ajudando a construir um Brasil mais digital, que consegue atender melhor o micro e pequeno empreendedor (que são muitos), os quais contribuem para a sustentabilidade do país no momento de crise. O Sebrae, em parceria com a CLM, a Lenovo e a Nutanix, está ajudando o Brasil a se manter e a se reerguer no formato que o país precisa”, finaliza Elvis.