Por Bruno Coelho*
Em 2002, Steven Spielberg e Tom Cruise criaram um fantástico mundo onde a tecnologia poderia prever crimes, e tudo seria manipulado simplesmente pelas mãos, com telas totalmente suscetíveis ao simples toque dos personagens. O revolucionário cenário ambientado em Minority Report não está tão longe de acontecer.
Dez anos depois, surge o conceito de Big Data que, segundo especialistas, poderá até prever rotinas e definir padrões de acontecimentos. Mas o que realmente em 2012 já está consolidado, e tornou-se exigência por grande parte dos consumidores é o touchscreen.
As famosas telas sensíveis ao toque ganharam corpo nos pequenos smartphones, viraram febres nos tablets e até alcançaram computadores, os All-in-One.
Mas a verdade é que não foram os avançados aparatos utilizados por Tom Cruise que fizeram com o que os consumidores demandassem isso, mas sim porque os usuários são ávidos por tecnologia. Seja por necessidade ou luxo, desde os primórdios, as tecnologias de pontas à época foram exaustivamente utilizadas pelos homens.
Seja na invenção da roda ou na criação das máquinas, tudo se torna tão usual ao entrar no dia-a-dia da sociedade que parece que sempre viveu por lá. E, é essa a sensação que os tablets e sua tela capacitiva ao multitoque produzem nas pessoas.
O tablet e a experiência multitouch faz com que o usuário tenha um mundo às mãos, tudo com uma distância de um simples toque dos dedos. O entretenimento está a um clique, a acessibilidade à internet está a simples deslizes na tela, e até o trabalho está de forma diferenciada e interativa à espera de que se resolva muita coisa com o mais leve toque.
Para se ter uma ideia, as vendas mundiais de tablets podem chegar a 126 milhões de unidades este ano, segundo estudo da empresa especializada IHS iSupply. Isso representaria um crescimento de 56%, comparado com 2011, quando foram vendidos 82,1 milhões de tablets.
Somente no Brasil, durante o 2º trimestre de 2012, foram comercializados 606 mil tablets, o que apontou o país na 11ª posição no ranking mundial de países que mais venderam os computadores portáteis, de acordo com números da IDC.
Essa sensação de proximidade e de domínio é que faz dos aparelhos com telas sensitivas ao toque um verdadeiro sucesso, que não dominou apenas o mundo do cinema, mas que dez anos mais tarde saiu das telonas, diminui de tamanho e foi morar na palma da mão dos usuários.
Essa é a realidade, esse é o cotidiano. A tecnologia sem limites e cada vez mais perto, de tudo e de todos.
*Bruno Coelho é gerente de marketing da AGIS, uma das principais distribuidoras de TI do país.