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23 de dezembro de 2024

Mão de obra em TI é tema de Caderno Temático da SOFTEX

Mercado de Trabalho e Formação de Mão de Obra em TI” é o tema do novo Caderno Temático lançado pelo Observatório SOFTEX (www.softex.br), unidade de estudos e pesquisas da entidade. “Trata-se de um tema que tem despertado muito interesse por estar diretamente ligado ao processo de desenvolvimento de uma indústria nacional forte no segmento de software e de serviços de TI (IBSS)”, comenta Virgínia Duarte, gerente do Observatório SOFTEX, acrescentando que o trabalho aborda quatro das principais dimensões do problema.

O capítulo 1 analisa o aspecto quantitativo da questão, dimensionando o impacto da escassez de mão de obra em TI: se nada for feito, o setor terá uma perda da ordem de R$ 115 bilhões até 2020. “A solução aparente seria a formação de um número maior de pessoas, o que poderia ser resolvido, em médio prazo, com o aumento na oferta de cursos na área de computação e informática. A grande questão, neste caso, é se haveria candidatos interessados nas vagas ofertadas. O incentivo à importação de mão de obra qualificada seria uma solução? Que alternativas teríamos para enfrentar o desafio da escassez?, questiona Virgínia Duarte.

No segundo capítulo, o foco é a escassez localizada de mão de obra em TI. Ela ocorre em virtude da forte concentração das atividades de software e serviços de TI em poucas unidades da federação e, dentro destas, em alguns poucos municípios, por um lado e, por outro, uma tendência maior de expansão dos centros formadores de recursos humanos em TI pelo território. Assim, falta profissional em um determinado local e sobra gente em outro. São colocadas questões relativas à mobilidade geográfica dos profissionais de TI.

A questão da qualidade da formação é assunto tratado no terceiro capítulo do Caderno. Ressalta-se o fato de que a mera existência de mão de obra farta não implica, necessariamente, em solução para o problema da escassez. “É necessário que o capital humano disponível possua um pool de competências e habilidades determinadas”, adverte Virgínia.

No capítulo 4, discute-se a escassez de mão de obra em TI sob a perspectiva da atratividade do mercado de trabalho. “As empresas do setor disputam os talentos humanos em TI com a academia, com o mercado externo e com as empresas de diferentes setores econômicos que mantêm atividades internas de software e serviços de TI. Diante de tantas alternativas, a pergunta natural é se as empresas da IBSS têm conseguido atrair os talentos que necessitam”, questiona a gerente do Observatório SOFTEX.

Em suas considerações finais o Caderno Temático “Mercado de Trabalho e Formação de Mão de Obra em TI” traz contribuições para uma abordagem sistêmica do problema da escassez de mão de obra em TI e recomendações.