Estudo MIT Sloan Review Brasil aponta ainda que mais de 70% viram uma valorização do seu trabalho após inclusão da inteligência artificial na rotina
O uso de Inteligência Artificial Generativa (como o Chat GPT) no trabalho tem ganhado cada vez mais adeptos, segundo a pesquisa “A Caminho da Supermind: Pessoas Habilitadas em IA”, do MIT Sloan Management Review Brasil em conjunto com o Talenses Group, a Talent Academy e a CriasAI.
Cerca de 63% dos respondentes disseram que utilizam ferramentas de IA Generativa para fins profissionais. Destes, mais de 99% apontaram que a tecnologia aumentou a sua produtividade (ganho moderado 36%, alto 39% e muito alto 23%).
A inteligência artificial não apenas causou mudanças perceptivas na rotina de quem utiliza, mas também de quem observa de longe os profissionais já habilitados em IA. Cerca de 73% afirmaram que notou uma boa valorização do trabalho.
“À medida que o mundo do trabalho se torna cada vez mais digital, o uso de ferramentas de inteligência artificial generativa se torna essencial para profissionais que buscam se destacar. Essas tecnologias não só aceleram processos criativos e analíticos, como também permitem inovações que antes eram inimagináveis. Adotar a IA generativa é abraçar o futuro do trabalho, onde a eficiência e a criatividade caminham lado a lado”, afirma Douglas Souza, CEO do MIT Sloan Management Review Brasil.
Outro ponto que a pesquisa identificou foi que não há um corte geracional no uso de IA Generativa. Respondentes da geração Z e da geração X apresentaram o mesmo nível de uso diário destas ferramentas (50%), enquanto os millenials tiveram um índice levemente inferior, com 45,71%.
Por outro lado, dentro do espectro de quem ainda não implementa a IA generativa no dia a dia, o maior desafio é a falta de transparência em relação às fontes utilizadas nos algoritmos das ferramentas, com 60%. Outros entraves citados foram a falta de habilidade (42%), regulamentação inadequada (40%) e dificuldade no uso (35%).
Os motivos apresentados para NÃO utilizar inteligência artificial variaram entre desconhecimento (41%), preocupação com privacidade (39%), falta de confiança nos resultados (33%) e alto custo de implementação (24%).
Para Luiz Valente, CEO do Talenses Group, à medida que a IA generativa se torna uma parte integrante do ambiente de trabalho moderno, é essencial que empresas e profissionais adotem uma abordagem estratégica e consciente. “A integração bem-sucedida dessa tecnologia requer uma compreensão clara de suas capacidades e limitações. Profissionais devem não apenas se familiarizar com as ferramentas de IA, mas também cultivar habilidades críticas e criativas que complementem essas ferramentas. É também importante estabelecer diretrizes para que o uso da IA seja ético e transparente. A colaboração entre tecnologia e seres humanos deve ser orientada por princípios de responsabilidade. Na era da IA generativa, a capacidade de equilibrar inovação tecnológica com discernimento humano, pode promover um ambiente de trabalho mais eficiente e criativo”.