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22 de junho de 2025

2012: o que esperar do setor de distribuição

*Por Mariano Gordinho

Tudo leva a crer que 2012 continuará sendo um ano de crescimento para o setor. Segundo previsões da IDC o mercado internacional de TI deverá crescer 7% em 2012 (contra os 6.9% registrados em 2011). Os tablets avançam a passos largos para se tornar o dispositivo corporativo padrão, quando o assunto é ler emails ou navegar na web. O volume de investimento em Cloud Computing deverá ser pelo menos quatro vezes maior do que aquele investido em tecnologias tradicionais e, em 2012, vamos assistir ao grande confronto dos sistemas operacionais voltados a mobilidade, com a Microsoft lançando oficialmente o Windows 8.

Esse contexto efervescente traz consigo enormes oportunidades e desafios para o setor de distribuição. A expectativa de crescimento do mercado nacional de TI para 2012 é de 10%. Se considerarmos os tradicionais movimentos de ajustes de preços das commodities e as oscilações do dólar americano, o volume físico de produtos que serão movimentados deverá ser substancialmente maior que o crescimento financeiro projetado. Isso posto, a demanda por logística em geral terá papel fundamental na estratégia dos distribuidores.

O próprio crescimento do negócio de tablets e a migração cada vez mais acentuada do público corporativo para Cloud Computing, impacta diretamente o negócio da distribuição: a mudança no fornecimento de produtos, do canal tradicional, para os novos canais focados nesses negócios, o varejo e os data centers. Vai exigir um novo posicionamento dos distribuidores, a busca por novos formatos e novas maneiras de se relacionar com novos clientes, até então atendidos diretamente pelos fabricantes.

A cada novo ano se adicionam complexidades ao negócio da distribuição, da típica venda por atacado, dos anos 70/80, para um contexto fortemente baseado em prestação de serviços dos anos 2000.

2012 não será diferente. Cada vez mais os distribuidores deverão agregar serviços especializados em suas operações, serviços esses, que serão consumidos tanto pelos fabricantes quanto pelos clientes da distribuição, logística múltipla, logística reversa (especificamente no caso do descarte de resíduos sólidos), ferramentas sofisticadas de crédito, marketing segmentado e setorializado, programas de go-to-market, gestão de pipeline, para citar alguns.
*Por Mariano Gordinho, Presidente da ABRADISTI – Associação Brasileira dos Distribuidores de Produtos e Serviços de TI